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29/09/2021 16:19

Fabio Sandoli de Brito Jr. fala sobre os avanços da cardiologia intervencionista no dia mundial do Coração


Fabio Sandoli de Brito Jr. fala sobre os avanços da cardiologia intervencionista no dia mundial do Coração

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SÃO PAULO, 29 de setembro de 2021 /PRNewswire/ -- Apesar de todo o medo que a pandemia de covid-19 já causou, as doenças cardiovasculares ainda são a causa número um de mortes em todo o mundo. Mais de 17 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e demais doenças relacionadas ao coração e sistema vascular ? o que representa nada menos que 32% de todos os óbitos. A expectativa é de que em 2030 esse número estará em 23 milhões.


No Brasil, segundo o Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o número de óbitos por doenças cardiovasculares já está em cerca de 300 mil neste ano.


Reverter este dado não é tarefa para curto prazo, mas é preciso começar. Embora a pandemia ainda esteja em curso, avançamos na vacinação em massa e mantivemos as medidas protetivas contra a infecção pelo vírus (a exemplo do uso de máscara e a higienização correta e frequente das mãos); o possibilita adotar uma rotina de exercícios e, sobretudo, retomar as consultas médicas e tratamentos.


Para conscientizar as pessoas dos cuidados com o coração, a Federação Mundial do Coração (WHF) criou, no ano 2000, o Dia Mundial do Coração, celebrado hoje.  Parece banal, mas os fatores de risco já tão conhecido para as doenças cardiovasculares seguem os mesmos: tabagismo, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade e sedentarismo? entre os principais. Precisam ser controlados e combatidos.


Além disso, tais fatores de risco podem contribuir para outras doenças cardíacas, como a estenose (obstrução) da válvula aórtica. Como cardiologista intervencionista (subespecialidade médica que trata doenças cardiovasculares por meio de técnicas de cateterismo), destaco um importante avanço neste ano: em abril, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu o TAVI (sigla em inglês para Implante Transcateter de Bioprótese Valvar Aórtica) - técnica minimamente invasiva para tratar doenças da válvula aórtica - no rol de procedimentos dos planos de saúde.


O TAVI tem resultados tão bons ou melhores que os da cirurgia aberta convencional, com menor invasividade, menor tempo de internação hospitalar e recuperação mais rápida. Sem dúvida evoluímos, precisamos agora tratar da ampliação das indicações desse tratamento.


Com cuidados simples, podemos manter afastadas inúmeras doenças cardiovasculares ? e o acompanhamento por um cardiologista ajuda a reforçar esses cuidados. Lembremos, neste Dia Mundial do Coração, que temos dentro do peito um instrumento finamente ajustado, cujo funcionamento requer que estejamos sempre vigilantes.


FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR
É médico cardiologista e coordenador da Cardiologia Intervencionista do Hospital Sírio-Libanês (HSL)


Foto - https://mma.prnewswire.com/media/1639149/fabio_sandoli_de_brito_jr.jpg


 


FONTE Fábio Sandoli de Brito Jr

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