Por Daniel Weterman e Iander Porcella
Brasília, 21/01/2022 - O governador do Piauí, Wellington Dias (PI), coordenador do fórum que reúne os chefes dos Executivos estaduais, vinculou a tentativa do governo do presidente Jair Bolsonaro de zerar a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis à desoneração dada em 2017 durante a greve dos caminhoneiros, medida classificada por ele como "demagogia". Além disso, Dias afirmou que a legislação eleitoral e as regras eleitorais podem inviabilizar uma medida como essa em 2022.
Bolsonaro negocia uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o Congresso para zerar os tributos federais sobre os combustíveis em ano eleitoral. A sugestão apresentada reduziria a arrecadação federal em cerca de R$ 50 bilhões, mas o impacto para o consumidor seria pequeno: redução entre R$ 0,18 e R$ 0,20 no preço do litro do combustível, conforme revelou o Broadcast.
“Tiraram a CIDE em 2017, na demagogia que enganou na greve dos caminhoneiros, desmantelaram todo o sistema e o combustível seguiu crescendo”, afirmou o governador. Perguntado se classifica a proposta de Bolsonaro como demagogia, ele condicionou a avaliação ao teor do texto. “Se for para dar solução, não (é demagogia).” De acordo com Wellington Dias, o governo federal pode desonerar a tributação federal sobre os combustíveis usando outras receitas já previstas no Orçamento.
Contato: daniel.weterman@estadao.com; iander.porcella@estadao.com
Para saber mais sobre o Broadcast Político, entre em contato com comercial.ae@estadao.com
