Política
10/12/2018 17:00

Após defender oposição 'um pouco à direita', ex-chanceler cita espaço para conversa com PSDB


São Paulo, 10/12/2018 - Após defender a formação de uma frente de oposição ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, "deslocada um pouco para a direita", o ex-chanceler Celso Amorim (PT) afirmou que há espaço para conversar com o PSDB durante a gestão de Bolsonaro.

Ele citou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB), que declarou voto em Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial, como uma das pessoas que o PT poderia chamar para dialogar. "Se for chamar o PSDB, o Goldman, por exemplo, há espaço em que podemos concordar e há espaço em que vamos discordar". Ele ponderou que a formação de uma frente não faz o PT abrir mão de posições contrárias a medidas como a reforma da Previdência a ser proposta pelo futuro governo.

Anteriormente, o ex-chanceler condicionou a sobrevivência do PT no governo Bolsonaro a uma ampliação de alianças. "No momento, o País exige uma frente ampla democrática em que a linha divisória vai ter que se deslocar um pouco para a direita porque, se não, nós não sobreviveremos", disse.

A declaração sobre a frente ampla foi dada durante conferência internacional organizada pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, braço teórico do partido, em São Paulo. Amorim foi criticado por um integrante do partido e procurou explicar sua defesa. "Não estou dizendo de maneira nenhuma que nós devemos abdicar das nossas lutas contras as reformas trabalhista e previdenciária, agora, não há como negar que, quando você tem uma ameaça fascista, acho que a luta pela liberdade passa a ser absolutamente essencial", declarou. (Daniel Weterman - daniel.weterman@estadao.com)
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