São Paulo, 19/01/2018 - Um dos principais caciques do MDB, o senador Renan Calheiros (AL), defendeu há pouco que seria "um erro grave" a Justiça barrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de disputar as eleições presidenciais deste ano. "É um erro grave impedir Lula de ser candidato a presidente da República. Ele tem o direito de ser julgado pelos brasileiros", afirmou o senador, em vídeo publicado em sua conta oficial no Twitter.
Na avaliação de Renan, o impedimento de Lula participar do pleito eleitoral não será bem recebido pela população. "Eleição sem Lula ficará capenga, vai ficar faltando alguém na urna e a população não vai aceitar", aponta o senador alagoano.
O parlamentar argumenta que a condenação proferida pelo juiz Sergio Moro, da primeira instância, no caso do tríplex do Guarujá, em que Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão, foi "política".
"No julgamento de 1ª instância, Lula foi condenado sem provas. O Brasil inteiro já percebeu isso e a repercussão pelo mundo depõe contra o País. Foi uma condenação política, por isso, não convenceu", afirma o ex-presidente do Senado.
A ausência de provas concretas contra Lula na condenação, avalia o senador, pode ser considerada uma contradição. "Condenação sem prova não inspira respeito, porque a justiça só vive da prova." (Caio Rinaldi - caio.rinaldi@estadao.com)
