Política
19/01/2018 08:57

Alexandre Padilha defende Gleisi e diz que ela usou apenas uma força de expressão


São Paulo, 19/01/2018 - O vice-presidente nacional do PT, Alexandre Padilha, defendeu nesta manhã, em entrevista à Rádio Eldorado, a presidente nacional de sua legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que afirmou recentemente que para prender Lula "vai ter que matar gente", numa alusão à eventual confirmação da sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou Lula a 9 meses e seis meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá, no julgamento da próxima quarta-feira, 24, no TRF4 de Porto Alegre. Para Padilha, Gleisi usou apenas uma força de expressão "para falar do absurdo de alguém inocente (Lula) ser condenado.

Na entrevista, Padilha voltou a dizer que os argumentos que a justiça está utilizando para condenar o ex-presidente Lula são frágeis. "Estamos falando de uma brutal violência, não contra Lula, mas contra qualquer pessoa de nossa sociedade", disse, argumentando que é um risco para o País não respeitar os direitos individuais dos cidadãos. "Não se pode achar normal condenar alguém inocente, sem provas ou crime."

À Rádio Eldorado, o vice-presidente nacional do PT disse que o partido continuará firme na defesa de Lula e na divulgação do que considera "um absurdo jurídico". E destacou: "Continuaremos questionando a fragilidade da sentença que foi dada em Curitiba."

Lula candidato. Alexandre Padilha reiterou que independentemente do resultado do julgamento da próxima quarta-feira no TRF4 de Porto Alegre, Lula será o candidato do PT à Presidência da República nessas eleições. "O PT está respeitando a legalidade eleitoral, pois a decisão do TRF4 não o impedirá de ser candidato. A própria Justiça Eleitoral diz que a decisão deste tribunal não interfere na candidatura de Lula. Por isso, no dia 25 (na reunião da executiva nacional da sigla, que será realizada na capital paulistana), iremos reafirmar que Lula é nosso candidato."

Ainda na entrevista, o vice-presidente nacional do PT questionou a rapidez do processo referente a Lula no TRF4, quando há outros na fila, como por exemplo, o que trata da mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. E criticou: "O Brasil vive atualmente uma crise econômica, política e institucional sem fim."

Sobre a agenda de Lula, Padilha disse que ainda não sabe onde o ex-presidente acompanhará o julgamento do TRF4, "provavelmente não será em Porto Alegre". Ele estará na capital gaúcha no dia 23 à tarde, participando dos atos que serão realizados por seus correligionários. Na noite do dia 24, mesmo com a indefinição sobre a autorização de atos na Avenida Paulista, o PT está programando uma recepção para ele neste local. (Elizabeth Lopes - elizabeth.lopes@estadao.com)
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