Política
25/05/2018 08:14

Mesmo após acordo com governo, caminhoneiros mantêm protestos nesta sexta-feira


São Paulo, 25/05/2018 - Apesar do acordo anunciado pelo presidente Michel Temer na noite de ontem, o dia teve início nesta sexta-feira com a manutenção da greve de caminhoneiros e bloqueios em diversas rodovias. De acordo com a Polícia Rodoviávria Federal, há interdições em 24 Estados e no Distrito Federal.

Em São Paulo, por exemplo, há protestos em estradas como Anhanguera, Bandeirantes, Anchieta e Imigrantes, Régis Bittencourt, entre outras. Também há bloqueios nos acessos ao Porto de Santos. Na capital, a SPTrans também estimou que a greve seguirá impactando na circulação de aproximadamente 50% da frota de ônibus, por conta do desabastecimento de combustíveis.

Ontem, depois de sete horas de negociação, o governo federal anunciou o acerto com os caminhoneiros para que a greve fosse suspensas por 15 dias. As conversas haviam desembocado na proposta de zerar a Cide sobre o diesel. O Planalto teve de se comprometer a bancar o desconto a ser dado pela Petrobras. Nove das 11 entidades envolvidas na paralisação haviam aceitado a proposta do Executivo, mas seus próprios líderes já admitiam onte mesmo que não poderiam assegurar a suspensão dos protestos.

"Assumimos o compromisso e vamos repassar (o acordo) ainda hoje (quinta-feira), na íntegra, para todos. Mas é a categoria que vai analisar e é o entendimento deles que vai dizer se isso foi suficiente ou não", disse ontem o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA), Dilmar Bueno. Os presidentes das Federações de Transportadores Autônomos de São Paulo e de Minas Gerais, Norival de Almeida e Silva e Gilmar Carvalho, respectivamente, também demonstraram pessimismo. "Saio preocupado. Acho que podem não aceitar", disse Carvalho.

Assim como já ocorreu ontem, o governo deve seguir sob críticas por conta da escalada da crise. Ontem, tanto adversários no Congresso quanto pré-candidatos à Presidência se revezaram aos microfones, em críticas à maneira como o Planalto conduziu a crise. Acirram-se também as especulações a respeito do futuro do presidente da Petrobras, Pedro Parente, que ontem assistiu a sucessivas declarações de políticos pedindo sua demissão. (Equipe AE e Estadão.com)
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