Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues
Brasília, 05/08/2020 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou há pouco que o governo avalia a reformulação do auxílio emergencial de R$ 600 pagos mensalmente a trabalhadores desempregados e informais, além de beneficiários do Bolsa Família, durante a pandemia de covid-19.
"Vamos estudar junto com o Congresso a reformulação do auxílio emergencial junto com a criação do Renda Brasil. Ainda temos pelo menos um, dois meses pela frente de dificuldades", afirmou, em audiência pública na Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária.
Como mostrou o Broadcast, o governo estuda estender o auxílio emergencial até o fim de 2020. A ideia é que o benefício seja prorrogado até dezembro, mas o valor das próximas prestações (setembro, outubro, novembro e dezembro) deve ser menor do que os R$ 600. Ainda não foi batido o martelo, mas uma das opções é pagar R$ 200 nesses meses.
Carga tributária
O ministro repetiu que o próximo movimento do governo para a reforma tributária é o envio de um projeto para o Imposto sobre Produtos Industrializados e os impostos seletivos. "O terceiro movimento será a proposta de mudanças no Imposto de Renda", acrescentou, em audiência pública na Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária. O ministro voltou a rechaçar o aumento da carga tributária na reforma.
"Nós não vamos aumentar impostos. Estamos em um movimento de simplificação. A carga pode permanecer a mesma, mas vamos substituir vários impostos por um", completou. Guedes levou pessoalmente ao Congresso no mês passado a primeira fase da proposta de reforma tributária do governo, com a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%. O novo tributo substituirá o PIS e a Cofins.
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