Brasília, 06/12/2018 - Em seu discurso de saudação aos generais promovidos, o chefe do Estado-Maior do Exército (EME), general Paulo Humberto Cesar de Oliveira, afirmou que a "forma criteriosa" usada pelas Forças Armadas para promover seus militares, baseada na "meritocracia", "competência", "serve de modelo para a administração pública, num momento em que a sociedade brasileira exige de suas lideranças comportamento ético e comprometimento com os interesses comuns".
O chefe do EME justificou ainda que o Alto-Comando do Exército escolhe os seus novos generais promovidos também entre os que têm "mente aberta e visão pragmática", "que analisem as situações com objetividade e sem preconceitos, e que tomem decisões que preservem os interesses da Força, sem desconsiderar as complexidades dos cenários atuais" e que sirvam de exemplo para manter a Força como "a instituição de maior credibilidade do País".
A fala do general Paulo Humberto serve para justificar os critérios hoje adotados pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, na escolha de seu ministério. Além do seu vice-presidente, general Hamilton Mourão, entre os 21 ministros já escolhidos por Bolsonaro, seis deles ou são oficiais-generais quatro-estrelas ou foram das Forças Armadas e tiveram formação militar. Isso sem contar com os segundos escalões, onde para outros tantos generais já estão designados.
O chefe do Estado-Maior, referindo-se, indiretamente, aos diversos e seguidos empregos das Forças Armadas em vários Estados e em diferentes situações, salientou que "a prontidão deixou de ser uma exceção e passou a ser uma normalidade". Antes, destacou que os promovidos, "são generais de tempos de informações imediatas e de mudanças constantes, de tempos que os desafiam a estar permanentemente contextualizados e continuamente atualizados". Para ele, o general de hoje também precisa ter "as relações institucionais incorporadas às suas rotinas e que busque laços harmoniosos e produtivos com as autoridades". (Tânia Monteiro)
