Política
22/06/2022 11:34

Frente dos Caminhoneiros chama voucher de R$ 400 proposto pelo governo de deboche e esmola


Por Iander Porcella

Brasília, 22/06/2022 - O presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, Nereu Crispim (PSD-RS), chamou o “voucher” de R$ 400 defendido pelo governo de “esmola” e “deboche” com a categoria. Na visão do deputado, a iniciativa do Palácio do Planalto é assistencialista e eleitoreira.

“Um caminhoneiro gasta entre 8 mil e dez mil reais de diesel para rodar de São Paulo a Alagoas e essa gente propõe uma esmola que não paga a metade de uma recapagem de pneu! Nos respeitem! Isso é um deboche!”, disse o parlamentar nesta quarta-feira, 22, em nota.

Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o governo quer incluir o “voucher” a caminhoneiros e o aumento do vale-gás a famílias pobres na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis, que tramita na Casa. A categoria é uma base eleitoral importante para o presidente Jair Bolsonaro e está insatisfeita com o aumento do preço do diesel.

Pacheco, contudo, alertou para possível vedação da Lei Eleitoral e disse que as medidas dependem de análise criteriosa da consultoria legislativa e da Advocacia-Geral da União (AGU).

“A Câmara dos Deputados votou a lei da liberdade econômica e agora querem pegar um segmento econômico da sociedade e botar em um brete assistencialista eleitoreiro Tabajara!”, afirmou Nereu Crispim, na nota divulgada hoje.

O líder da Frente Parlamentar em Defesa dos Caminhoneiros tem adotado um tom crítico em relação ao governo. Ele também tem defendido um projeto de lei que cria um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis, com recursos que viriam de um imposto sobre a exportação de petróleo.

"Se realizou a mentira do ministro ganancioso, financeiro Paulo Guedes e a mentira do presidente ganancioso, eleitoreiro com a reforma fiscal tabajara da redução das alíquotas de ICMS", disse Crispim, em 17 de junho, após a Petrobras anunciar um novo aumento nos preços dos combustíveis.

Contato: iander.porcella@estadao.com
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