Política
14/11/2017 12:39

Lava Jato/Rio: A sociedade precisa reagir, ficar vigilante, ir para a frente da Alerj


Rio, 14/11/2017 - O procurador do Ministério Público Federal, Carlos Alberto Gomes de Aguiar, disse que o poder público está reagindo à corrupção, mas que "a sociedade agora também tem que reagir". A declaração foi dada durante coletiva na Polícia Federal, nesta terça-feira, 14, sobre a operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) e outras dez pessoas por corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

"Nós fizemos a nossa parte, agora a sociedade que vá para a frente da Alerj, que cobre dos parlamentares uma postura. Estamos trazendo elementos de prova, elementos concretos, que mostram a verossimilhança do que a gente está contando. Agora, a sociedade também precisa reagir, ficar vigilante e dizer o tipo de política que ela quer", afirmou o procurador. Para o MPF, a Alerj "talvez não tenha condições necessárias para fazer julgamento" desses políticos.

Aguiar também comentou o fato de está para ser votada entre os deputados da Alerj a vaga do novo conselheiro do Tribunal de Contas, que está sendo disputada por Albertassi. Isso aconteceu depois que três conselheiros substitutos de carreira técnica renunciaram a vaga fixa. O órgão é conhecido por abrigar políticos da Alerj, graças à indicações. A operação do MPF Quinto do Ouro afastou quase todos os conselheiros do órgão por suspeita de corrupção.

"Claro que nos causa espécie três servidores de carreira abrirem mão desta vaga. E temos a nossa investigação que coincidiu com este momento. É bom para os outros deputados vejam quem são os deputados que estão concorrendo a esta vaga", afirmou. Ele lembrou que a rejeição das contas do governo de 2016 foi feita por conselheiros não titulares do TCE. (Constança Rezende)
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