Política
03/11/2017 07:43

Meirelles indica que avalia se candidatar à sucessão presidencial


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Brasília, 02/11/2017 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, indicou pela segunda vez nesta semana que avalia se candidatar à sucessão presidencial no ano que vem. Em entrevista à revista "Veja", o ministro, ao ser questionado se tinha consciência de que é um presidenciável, respondeu que sim. "Sim, sou presidenciável", disse Meirelles, conforme publicado no site da revista nesta quinta-feira, dia 2. "As pessoas falam comigo, me procuram, mas ninguém me cobra uma definição. No mundo político, por exemplo, dizem o seguinte: o senhor tem o meu apoio, estou torcendo para isso. Tenho por característica pessoal ser bem pé no chão. Dificilmente vou fazer alguma coisa baseado no entusiasmo", afirmou à revista.

A assessoria de imprensa do ministro ponderou que Meirelles se referia ao fato de ter consciência de que era um presidenciável. "O ministro disse que sim porque muitas pessoas o procuram e dizem que o apoiam ou que consideram que ele poderia concorrer", informou a assessoria por meio de nota.

Meirelles também disse considerar que o cenário político é "favorável, sim" a um candidato com o perfil dele. "Favorável para o que eu chamo de um candidato reformista no sentido de alguém que toque as reformas e a modernização da economia brasileira como está ocorrendo."

Perguntado na entrevista se seria candidato a presidente, Meirelles afirmou que essa era uma questão de "oportunidade e destino" e que prefere enxergá-la com "realismo". "Eu acredito que o País vai, de fato, estar bem na situação econômica, mas existem condições políticas e condições eleitorais que precisam ser analisadas." Ele argumentou que ser candidato "tem grandes custos - e grandes benefícios - para todos". "Vou ter que deixar o ministério e deixar o trabalho ainda por um período de decolagem da economia e entrar em um processo que é outra história."

O presidente nacional do PSD, ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), disse a interlocutores que Meirelles já pediu que sua candidatura seja avaliada no ano que vem, caso se reforcem os sinais de recuperação da economia, sobretudo, a queda do desemprego. Em um almoço recente com a bancada do partido na Câmara dos Deputados, Meirelles ouviu declarações de apoio a uma eventual candidatura.

Na segunda-feira, dia 30 de outubro, Meirelles também deu sinais dúbios sobre seu futuro político. Durante um evento em São Paulo, primeiro disse que considerava interessante a possibilidade de ser candidato a vice-presidente da República. "Vice é até interessante", afirmou durante um evento em São Paulo. Depois da repercussão, ele disse que fizera uma "mera brincadeira" e negou ter interesse em concorrer ao cargo caso seja convidado para compor uma chapa em 2018. "Não acredito que seja algo que tenha grande interesse da minha parte."

Meirelles lembrou que foi convidado a ser vice pelo tucano Aécio Neves (MG), em 2014, e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, para a chapa de Dilma Rousseff. Em ambos os casos ele rejeitou as propostas. Para permanecer no serviço público ou atuar no mercado privado.

JBS.
Meirelles disse que ficou sabendo pelos jornais dos crimes de corrupção de políticos cometidos e confessados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, delatores e donos do grupo J&F, para o qual o ministro trabalhou. "Foi uma surpresa. Eles não me contavam isso." (Felipe Frazão)
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