Política
19/09/2019 20:34

Contra CPI Lava-Toga, Alcolumbre cobra retorno do STF e defende lei do abuso de autoridade


Por Daniel Weterman

Brasília, 19/09/2019 - Agindo fortemente contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria o Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), criticou uma decisão do STF que, na opinião dele, não adotou a mesma postura de harmonia entre os Poderes. Além disso, ele defendeu publicamente o projeto que pune o abuso de autoridade.

"Diante de tudo que o Senado tem feito, com certeza é a diminuição do Senado Federal e eu não vou deixar que isso aconteça", declarou Alcolumbre após participar de um evento realizado pelo jornal Valor Econômico e pelo jornal O Globo em Brasília. A operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o presidente do Senado manteve o tom: "A drástica interferência foi adotada em momento político em que o Congresso Nacional discute a aprovação de importantes reformas e projetos para o desenvolvimento do País."

Alcolumbre reforçou ser contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o STF, a chamada CPI da Lava-Toga, mas defendeu o projeto de lei que pune o abuso de autoridade, criticado por magistrados e procuradores e sancionado parcialmente pelo presidente Jair Bolsonaro. Caberá ao Congresso analisar os vetos. "Eu não quero abusar da minha autoridade com ninguém, mas também não quero que ninguém abuse comigo", comentou Alcolumbre.

Em relação aos auditores da Receita Federal, o presidente defendeu "colocar cada um com sua atribuição". A Câmara discute um projeto que impede o envio de informações ao Ministério Público quando há crimes detectados durante a apuração fiscal.

Lava-Toga

No Senado, parlamentares favoráveis à CPI da Lava-Toga evitaram relacionar a decisão de Barroso com a tentativa de abrir a comissão. Barroso é mais alinhada às ideias dos defensores da Operação Lava Jato. "Não tenho maiores informações sobre o caso. Não vejo relação", comentou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
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