Brasília, 21/03/2018 - Pré-candidata à Presidência, a ex-ministra Marina Silva criticou a pressão do PT para que o Supremo Tribunal Federal voltasse a discutir a prisão após condenação em segunda instância. Nesta quinta-feira, 22, o plenário da Corte vai julgar o pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vá para a cadeia depois que se esgotarem os recursos no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região no caso triplex.
"Não é possível fulanizar a Justiça. A polêmica existe porque querem mudar uma decisão já tomada pelo Supremo", disse. Marina, que foi filiada ao PT até 2009 e ministra do Meio Ambiente de Lula, tem defendido as investigações da Operação Lava Jato e repetido que "ninguém está acima da lei". O afastamento em relação partido se concretizou em 2014, quando ela decidiu apoiar o candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições daquele ano.
Nas últimas semanas, o PT pressionou ministros do Supremo para que a discussão sobre a prisão em segunda instância voltasse à pauta. Diante da posição da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, de não colocar o tema em discussão, o partido mudou de estratégia para que ao menos o habeas corpus fosse levado a julgamento. O que será julgado nesta quinta, portanto, não será a execução provisória da pena como um todo, mas o caso específico do ex-presidente. (Isadora Peron)
