Política
10/08/2018 15:36

Em sabatina da Abimaq, Alckmin sinaliza 'condições diferenciadas' de financiamento para o setor


São Paulo, 10/08/2018 - Em um aceno à indústria de bens de capital, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira ser possível conceder formas mais baratas de financiamento para o setor.

"O nosso objetivo é baixar juros para todos. Mas é claro que setores estratégicos podem ser tratados de forma diferenciada", avaliou o tucano, que participou de um encontro promovido pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na zona sul da capital paulista.

À plateia, o ex-governador procurou mostrar sintonia com as propostas que a Abimaq entrega a todos os presidenciáveis que convidou para melhorar a economia. Disse que é preciso trazer confiança de volta à economia para que o empresário possa voltar a investir, prometeu medidas para ajudar os exportadores e também avaliou que outras medidas são necessárias pra reduzir o patamar brasileiro de juros, como um melhor ambiente fiscal e maior competitividade no setor bancário.

O ex-governador, por outro lado, se esquivou de prometer rever a política para o setor de petróleo e gás, que deixou de exigir conteúdo nacional, uma demanda também levantada no evento. "Sempre que pudermos fortalecer emprego e renda no Brasil, vamos fazê-lo. Agora, o que temos que fazer é dar mais competitividade à indústria", disse. "Se mexermos nas origens do problema, vamos ter presença maior de conteúdo nacional."

O ex-governador reiterou que vai aprovar quatro reformas - a tributária, política, previdenciária e do Estado - e criticou novamente a forma como o governo do presidente Michel Temer aprovou o teto dos gastos. "Do jeito que foi feito, sem reformas, é só uma mera intenção. Fez-se o mais fácil, mas as reformas da Previdência e tributária não aprovaram", criticou.

Alckmin lembrou ainda que, sem as reformas, o teto significa que os investimentos acabam sacrificados para que os gastos com pessoal e custeio continuem aumentando. (Marcelo Osakabe - marcelo.osakabe@estadao.com)
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