Política
24/05/2018 14:04

Senadores da base cobram saída do presidente da Petrobras


Brasília, 24/05/2018 - Senadores do PP e do MDB, partidos da base aliada do presidente Michel Temer, cobraram há pouco no plenário a demissão do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, por causa da política de reajustes do preço dos combustíveis, que levou a uma greve de caminhoneiros com bloqueio de estradas em todo o País e desabastecimento nas cidades.

Mais cedo, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), pediu que o presidente Michel Temer demita Parente imediatamente. A senadora Ana Amélia (PP-RS), que havia cedido a palavra ao tucano, afirmou que o presidente da Petrobrás não tinha credibilidade para prometer redução de preços e deveria "pedir o boné".

"Quem vai acreditar na palavra do presidente da Petrobrás se ele diz que vai ser temporária apenas essa queda do preço? Isso não se faz, isso não se garante. O que está em jogo é a palavra do presidente. É o tipo da insensibilidade política, até. Ou banca o que está fazendo e pede o boné, ou toma não uma outra atitude, com mais peso, mais fundamento inclusive técnico", disse Ana Amélia. "O governo está tendo muita fragilidade nesse processo. A falta de credibilidade por parte dos lideres do movimento também agrava a situação."

O senador José Maranhão (MDB-PB) disse que Parente não tem poderes absolutos e que o acionista majoritário da Petrobrás é o povo brasileiro. "O senhor Pedro Paulo Parente... Não sei de quem, do Brasil que não é. Não sei com que ânimo ele arvora absolutamente autônomo para adotar uma política contrária aos interesses nacionais. Nesse aspecto Cássio tem razão. O presidente da República precisava chamar o senhor Pedro Paulo Parente e dar a ele uma opção: ou cede aos interesses do Brasil, ou deixa o cargo para alguém que tenha mais patriotismo, mais compromisso com a nacionalidade." (Felipe Frazão e Renan Truffi)
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