São Paulo, 15/12/2017 - O presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (DEM), foi reeleito nesta sexta-feira, 15, para o segundo mandato consecutivo na presidência da Casa. Leite, que compõe a base do prefeito João Doria (PSDB), recebeu 47 votos dos 50 vereadores presentes.
O vereador Toninho Vespoli (PSOL) teve dois votos e a vereadora Janaína Lima (Novo), um. O presidente reeleito da Câmara de São Paulo foi escolhido na madrugada seguinte à aprovação pela Câmara de três projetos da Prefeitura em primeira votação. Entre as normas encaminhadas pelo prefeito João Doria (PSDB), estão o parcelamento de multas de trânsito, a concessão do Mercado Municipal de Santo Amaro, na zona sul, e o traçado de uma viela sanitária na Vila Guilherme, na zona norte.
De acordo com o líder do governo na Câmara de São Paulo, Aurélio Nomura (PSDB), a recondução de Leite ao cargo é "natural", uma vez que ele "ajudou muito o governo em relação à aprovação dos projetos". No primeiro ano da administração de Doria, a Câmara Municipal aprovou as principais propostas encaminhados pela Prefeitura de São Paulo, como o texto que autoriza a concessão do Complexo do Anhembi, na zona norte.
Como parte do pacote municipal de privatizações, a Câmara também aprovou a liberação da concessão dos parques, do Bilhete Único e dos mercados para a iniciativa privada. "Não temos de mexer no time que está vencendo. O time está indo muito bem. O presidente tem se colocado muito bem, tem ajudado e tem sido um grande parceiro do governo. Acredito que sua recondução é nada mais do que um merecimento do trabalho que ele tem junto às ações", diz Nomura.
"O Milton foi uma grata surpresa. É uma pessoa que está bastante equilibrada e é um democrata. Tem ouvido e conversado com todas as correntes." Segundo o líder do governo na Câmara, para 2018, a prioridade será continuar as discussões sobre desestatizações da gestão Doria, como o Plano de Intervenções Urbanísticas (PIU) do qual depende a venda do Anhembi. "A discussão sobre o Anhembi será fundamental. Precisamos do PIU", defende.
Há duas semanas, após pressão de parlamentares da base, que cogitavam não votar o projeto em 2018, a Prefeitura da capital paulista negociou o fatiamento. Com isso, a liberação para a venda seria votada neste ano, atendendo a pedido do prefeito de São Paulo, mas a venda estaria condicionada à aprovação do PIU. O novo projeto de lei que será discutido em 2018 detalhará o plano de intervenções urbanísticas previstas para a área e necessitará da 37 vereadores para a aprovação. (Juliana Diógenes)
