Rio, 16/02/2017 - A bancada do PSOL protocolou na Assembleia Legislativa do Rio, na tarde desta quinta-feira, o pedido de impeachment do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do vice, Francisco Dornelles (PP). O partido alega que a chapa cometeu crime de responsabilidade por não investir o mínimo constitucional em saúde, conceder benefícios fiscais e contrair empréstimos com preço em dólar e juros flutuantes.
"O impeachment foi pedido por crime de responsabilidade. Não é porque o governo é ruim. Governo ruim se derrota na eleição. É um governo que cometeu crime. Não investiu o mínimo constitucional na saúde de 12%. Investiu 10%. Isso tem consequência social profunda nas filas dos hospitais", afirmou o deputado Marcelo Freixo.
O deputado rebateu a afirmação de que o estado de calamidade pública decretado pelo governador o liberaria de cumprir certas exigências, como o investimento em saúde. "Esse estado de calamidade pública é uma invenção do PMDB. A calamidade que existe é o próprio partido. Não há nenhuma previsão constitucional de calamidade financeira. Em nenhum momento essa invenção pode retirar do governo a responsabilidade de investir o mínimo em saúde pública. Ele sacrificou a vida das pessoas. Por isso a bancada do PSOL está pedindo o impedimento do seu governo", afirmou o deputado.
O pedido de impeachment precisa ser admitido pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), e encaminhado à Mesa Diretora, antes de ir a plenário. A Procuradoria Geral do Estado informou que só vai se pronunciar sobre o pedido protocolado. (Clarissa Thomé)