São Paulo, 12/03/2019 - Após reação contrária de parlamentares e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba divulgou comunicado "suspendendo" a constituição de uma fundação para gerir os recursos advindos de um acordo firmado entre a Petrobras e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
"Diante do debate social existente sobre o destino dos recursos, a força-tarefa está em diálogo com outros órgãos na busca de soluções ou alternativas que eventualmente se mostrem mais favoráveis para assegurar que os valores sejam usufruídos pela sociedade brasileira", diz o comunicado.
A intenção dos procuradores do Ministério Público em Curitiba era de criar um fundação para gerir os cerca de R$ 2,5 milhões recuperados e utilizá-los em ações sociais e de combate à corrupção. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que a Casa iria entrar com uma representação contra o fundo. "A Mesa [Diretora da Casa] se reuniu e vai entrar com o apoio de quase todos os líderes, acredito eu, com duas representações, uma reclamação ao Supremo [Tribunal Federal] e um pedido de inspeção ao Tribunal de Contas da União", disse. Na avaliação de Maia, o Congresso é quem deveria analisar a criação e destinação do fundo. (Marcelo Osakabe - marcelo.osakabe@estadao.com)
