São Paulo, 10/10/2018 - O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PSDB, João Doria, minimizou o apoio declarado por uma corrente do PSDB a Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial. Doria disse que era melhor que esse grupo deixasse o partido e fosse para o PT.
"E o grupo não coaduna nem um pouco com os princípios que estamos adotando, seja do ponto de visto programático, seja do ponto de vista econômico", criticou o tucano. "Melhor até que ele se desligasse do PSDB e fosse para o PT, porque Esquerda Para Valer é com o PT", emendou, em referência ao nome da corrente tucana.
Doria relativizou ainda a importância do grupo, dizendo que havia menos pessoas nele do que os presentes na coletiva de imprensa desta quinta-feira.
Ontem, integrantes do EPV, grupo que reúne cerca de 5 mil militantes nas redes sociais e é uma das mais antigas da sigla, anunciou apoio a Haddad após se reunirem com ele e entregarem uma carta de intenções. "A candidatura do Haddad está no campo democrático, PT e PSDB estiveram juntos em vários momentos", disse o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador da corrente.
As declarações foram feitas após o anúncio de adesão, à chapa de Doria, do PRTB, partido do vice na chapa de Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Além dele, declarou seu apoio ao candidato o prefeito de São Jose do Rio Preto, Edinho Araujo (MDB).
Questionado sobre a posição oficial do MDB, cujo candidato ao governo, Paulo Skaf, declarou ontem apoio a Márcio França (PSB), Edinho disse que, em sua avaliação, os integrantes do partido estão liberados no Estado. "Falei com meu entorno e decidi que Doria representa esse movimento de fortalecimento dos municípios", disse Edinho, que é amigo do presidente Michel Temer e foi ministro-chefe da Secretaria Nacional de Portos no governo Dilma Rousseff em 2015. (Marcelo Osakabe)