São Paulo, 13/08/2018 - O candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira, 13, que, caso o imposto sindical continue extinto no País, apenas trabalhadores sindicalizados sejam beneficiados em acordos coletivos.
“Ou tem imposto sindical, ganha todo mundo, ou não tem imposto sindical e ganham só os sindicalizados”, afirmou o ex-prefeito da capital paulista, durante sabatina promovida pelo portal Catraca Livre e pela Casa do Baixo Augusta, em São Paulo. Para ele, dessa forma os trabalhadores seriam motivados a pagar anuidades para entidades sindicais em troca de ser beneficiados pelo trabalho dos sindicatos.
Haddad classificou ainda a reforma feita no governo do presidente Michel Temer como “fiasco”. O programa de governo do PT propõe revogar a medida e apresenta um referendo como instrumento para anular a reforma.
Na próxima quarta-feira, 15, o PT registrará Lula como candidato a Haddad como vice no Tribunal Superior Eleitoral. O ex-presidente pode, no entanto, ser barrado pela Justiça Eleitoral. O ex-prefeito, nessa situação, é apontado como a alternativa para substituir Lula na disputa.
Na sabatina, Haddad admitiu ter experimentado maconha quando era jovem e, mesmo negando ser o “plano B” do PT, disse que, “se puder”, quer continuar andando de bicicleta, ônibus e carros por aplicativo. “Vivo uma vida de professor. Se puder continuar nessa vida, eu vou continuar porque eu gosto do contato com as pessoas.” A deputada gaúcha Manuela d’Ávila (PCdoB), indicada para assumir a candidatura a vice após a decisão judicial sobre Lula, acompanhou a sabatina da plateia.
Rememorando o programa “Luz para Todos”, feito no governo do ex-presidente Lula, Haddad prometeu um plano nos mesmos moldes para permitir que a população do País tenha acesso à internet. “Na esteira do Luz para Todos, vamos fazer um programa de acesso à internet.” (Daniel Weterman - daniel.weterman@estadao.com)