Por Bruno Luiz
Salvador, 21/11/2021 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (29) que a variante ômicron do coronavírus, descoberta na África do Sul, não será diferente de outras já identificadas.
Queiroga disse ter conversado com Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre a variante e que não vê perspectiva de "retrocessos" no País em relação às primeiras e segundas ondas da pandemia, mais letais.
O ministro .defendeu que os cuidados com a ômicron se mantenham os mesmos adotados em relação à pandemia, com avanço da vacinação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
"Não achamos que vai ser diferente das outras variantes. A resposta é a vacinação. Temos um sistema de saúde capaz de dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade maior", disse o ministro em entrevista coletiva após a assinatura de contrato para compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer pelo governo federal para 2022.
O ministro ainda pregou que, apesar de ter sido classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a ômicron não deve ser encarada como "variante de desespero".
"O Ministério da Saúde está vigilante e preparado para essas novas demandas. Pode surgir variante em qualquer lugar. Oa cuidados são os mesmos adotados desde o início da pandemia."
Queiroga também negou a possibilidade de reduzir o intervalo para a terceira dose, atualmente de após cinco meses da aplicação da segunda, diante da nova variante. A medida é cogitada no Reino Unido.
"Não se pode querer uma ciência self service. Para umas coisas, se quer evidência científica de nível A. Para outros, não tem evidência, só a opinião de um secretário municipal. Não pode ser assim", criticou.
Contato: brunol.santos@estadao.com