Política
11/10/2018 16:25

Paes chama Witzel de "holograma" de Bolsonaro


Rio, 11/10/2018 - O candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, disse nesta quinta-feira, 11, que seu adversário neste segundo turno, Wilson Witzel (PSC), se coloca na campanha como um "holograma" do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). "A gente não pode votar em gente que não tem experiência, em holograma, em personagem que a gente não sabe quem é. Quero salvar esse estado. Não está na hora de improviso, de teste, e sim de colocar alguém que a gente conheça. Não vou ficar usando ninguém para me puxar, vou caminhar com as minhas próprias pernas", afirmou, após debate com Witzel promovido pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan), no qual foram tratados assuntos como segurança pública, saúde, educação e contas públicas.

"Essa candidatura tem cara, tem nome, e não se esconde atrás de ninguém. Estamos elegendo o governador do Rio, não alguém para representar o próximo presidente da República. No dia 1º de janeiro, o governador senta à mesa, pega a caneta e decide. Já mostrei minha capacidade de interagir com quem quer que seja o presidente. Aliás, diria que tenho muito mais proximidade com Jair Bolsonaro do que o adversário. Mas isso importa pouco. Não quero que me elejam por isso. O que importa é ter a capacidade de entender que é uma relação institucional. Não preciso de bengala. Não surfo na onda (Bolsonaro)."

Ex-juiz federal e em sua primeira eleição, Witzel começou o primeiro turno como completo desconhecido. Colou seu nome ao do candidato do PSL e teve sua candidatura alavancada por isso, recebendo endosso de evangélicos e do setor de segurança, por exemplo. Assim, chegou ao segundo turno em primeiro lugar, com 3,1 milhões de votos - mais do que o dobro de Paes, que é ex-prefeito da capital e começou a corrida como favorito, liderando todas as pesquisas. O candidato do DEM tem apostado na desconstrução da imagem pública do ex-magistrado, ainda pouco conhecido do eleitorado.

Sobre as declarações de Paes em relação a ele, Witzel disse: "Parece uma frase de um candidato em desespero. As minhas propostas estão alinhadas com as do PSL. Eu tenho uma visão da educação, saúde, economia que estão alinhadas (com as de Bolsonaro). Então a população é que deu a resposta. Três milhões de pessoas responderam".

Ao ser questionado sobre seu discurso em prol da política de confronto hoje adotada pela polícia do Rio contra o narcotráfico, que produz alto número de vítimas por balas perdidas, ele declarou que a polícia do Rio não é a que mais mata no Brasil, "mas a que mais morre". Ele disse ainda que em seu eventual governo, o policial será bem treinado e não haverá ocorrência de bala perdida.

"Quem pratica violência não é o policial, é o bandido que está de fuzil. Não podemos inverter. O policial tem que estar treinado para atirar e neutralizar a ameaça. Com polícia treinada não vai haver vitima inocente. Vamos fazer com que a polícia seja eficiente. A polícia não treina porque não tem recurso. Não vai haver vítima, só abate de bandido com fuzil. Isso não será mais tolerado. O crime organizado jamais mandará no Rio de Janeiro". (Roberta Pennafort)
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