Política
13/01/2020 19:43

Disputa por melhor documentário não deve ser nada fácil para 'Democracia em Vertigem'


Por Luiz Carlos Merten, Luiz Zanin Oricchio e Guilherme Sobota

São Paulo, 13/01/2020 - A briga pelo Oscar 2020 de melhor documentário não deve ser nada fácil para Democracia em Vertigem, o filme de Petra Costa que representa o Brasil na disputa. Os concorrentes incluem retratos de zonas de guerra, sobre a força de trabalho americana e um filme que já levou prêmios internacionais, inclusive na mais recente Mostra de Cinema de São Paulo. Veja os trailers e sinopses abaixo.

Produzido por Barack e Michelle Obama, Indústria Americana (American Factory) retrata a compra de uma antiga indústria da GM, em Ohio, por uma companhia chinesa. Os postos de trabalho de fato reaparecem, com os norte-americanos voltando a seus empregos. E mesclando-se a centenas de chineses que chegam para implantar o sistema de trabalho chinês em terras americanas. O filme está disponível na Netflix.

Dois filmes que concorrem a Melhor Documentário falam sobre mulheres em zonas de conflito. The Cave retrata uma médica que comanda um hospital em uma caverna na Síria, onde também se passa For Sama, que conta a história de uma moça que se casa e engravida em meio à guerra civil.

Exibido na Mostra Internacional de São Paulo em 2019, Honeyland é sobre Hatidze, uma mulher de 50 e poucos anos, que cuida de uma colônia de abelhas em uma vila isolada na Macedônia.

Veja abaixo mais informações sobre os concorrentes na categoria melhor documentário do Oscar 2020:

Indústria Americana (American Factory)
Sinopse: Em 2014, a chinesa Fuyao comprou uma antiga indústria da GM em Ohio, fechada desde a depressão de 2008. A promessa era de recriar centenas de empregos nessa fábrica de vidros de automóveis. Os postos de trabalho de fato reaparecem, com os norte-americanos voltando a seus empregos. E mesclando-se a centenas de chineses que chegam para implantar o sistema de trabalho chinês em terras americanas. Tema do documentário American Factory, o filme tem uma curiosidade a mais: é a primeira produção do casal Obama, para Netflix.
Trailer:
Onde assistir: Netflix

Honeyland
Sinopse: O documentário Honeyland, da Macedônia do Norte, impressionou a quem o viu na Mostra de Cinema de São Paulo. Mostra a vida de uma mulher, que vive em companhia da velha mãe numa montanha isolada. É apicultora (daí o título) e impossível imaginar vida mais dura. Quer dizer, até a chegada de uma vizinhança incômoda, que destrói o equilíbrio ecológico e, em seguida, parte para outras paragens. O rigor do filme, sua luz à Rembrandt, e a empatia que consegue estabelecer com o público fizerem toda a diferença.
Onde assistir: ainda indisponível no Brasil.

For Sama
Sinopse: Classificado como uma jornada ao mesmo tempo épica e intimista, o filme mergulha na experiência das mulheres na guerra. Uma carta de amor de uma jovem mãe à sua filha, o filme conta a história da vida de Waad al-Kateab durante cinco anos no conflito crescente em Aleppo, na Síria, conforme ela se apaixona, se casa e dà à luz Sama, com o cataclisma da guerra ao seu redor. O motor do filme é o próprio conflito interno da diretora, que deve decidir entre fugir para proteger a vida da filha ou abandonar a luta por liberdade pela qual ela já sacrificou tantas coisas.
Trailer (em inglês):
Onde assistir: ainda indisponível no Brasil.

The Cave
Sinopse: O diretor Feras Fayyad (de Os Últimos Homens em Aleppo) retorna à Síria para seguir um time dedicado de médicas que tratam sem descanso das ferias de guerra num hospital subterrâneo enquanto batalham contra o sexismo sistêmico. Com os riscos extremos da superfície, os sobreviventes dos conflitos criam uma rede de túneis subterrâneos na cidade de Ghouta, próximo a Damasco, para manter o hospital. A crítica internacional elogia o cuidado estético que o diretor conseguiu manter mesmo em situações difíceis.
Onde assistir: ainda indisponível no Brasil.
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