Economia & Mercados
11/08/2019 12:15

IIF: índice Vix atinge maior nível desde dezembro com escalada nas tensões entre EUA e China


Por Fabiana Holtz

São Paulo, 11/08/2019 - A abrupta escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China pode ter pegado os mercados de ações desprevenidos, segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), com sede em Washington, com o índice de volatilidade VIX atingindo seu maior nível desde meados de dezembro. Nesse contexto, recentemente o montante de títulos de dívida com juros negativos no mercado global saltou de US$ 13 trilhões registrados em junho para mais de US$ 15 trilhões.

Em meio a rápida alteração no portfólio de ações dos investidores globais, com um volume maior seguindo para mercados emergentes, o movimento vendedor tem atingido com mais força ativos chineses. "Diante dos crescentes temores sobre as projeções para crescimento global e para seus lucros, a busca dos investidores por ativos mais seguros tem impulsionado os preços do ouro para altas históricas e despertado um novo rali no mercado global de bônus, trazendo o valor de mercado global de bônus de juros negativos acima de US$ 15 trilhões", aponta o instituto em relatório sobre o acirramento das discussões comerciais entre EUA e China.

Enquanto um volume expressivo dessa dívida está concentrado na Europa e Japão, mais de US$ 60 bilhões dos bônus corporativos dos EUA agora são negociados com rendimento abaixo de zero. A crescente tensão entre as duas maiores potenciais comerciais do mundo já levou a mais apostas em uma desaceleração da economia global, com mercados agora atribuindo 45% de chance de um corte adicional de 75 pontos-base na taxa básica de juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) até o final de 2019, diz o IIF. Em julho, apenas 8% consideravam essa hipótese. Da mesma forma, a corrida por proteção para o iene aumentou as expectativas com relação a novos estímulos do Banco do Japão (BoJ). O mercado de futuros vê em 70% a probabilidade de um corte de 10 pontos-base na taxa de juros do país até o final do ano.

Contato: fabiana.holtz@estadao.com
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