Economia & Mercados
12/09/2018 09:26

Minerva: aumento de capital levará a desalavancagem de cerca de 1x


São Paulo, 12/09/2018 - A Minerva espera "melhoria imediata da estrutura de capital" com o aumento de capital anunciado ontem, de até R$ 1,059 bilhão, com a subscrição particular de até 165 milhões de novas ações ao preço de R$ 6,42 cada.

A companhia destaca em material de apresentação a analistas nesta manhã que o aumento de capital de capital traz como vantagem desalavancagem de aproximadamente 1 vez a relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Conforme a análise de sensibilidade para a operação, a margem Ebitda ao final de 2019 pode ser de 9,0% para uma receita estimada de R$ 15,5 bilhões, até margem de 10%, com receita de R$ 16,5 bilhões, de modo que a alavancagem iria, conforme essas projeções, de 3,7x a até 3x.

Em outras simulações, adicionando ao montante do aumento de capital a operação de abertura da companhia na bolsa chilena, com o IPO da Athena Food estimado de R$ 1 bilhão, e considerando taxa de câmbio de R$ 3,90 para cada dólar, a alavancagem poderia cair ainda mais, para até 2,3x (também no melhor cenário de receita líquida e margem Ebitda). E se a captação com o IPO for maior, de R$ 1,5 bilhão, então a previsão de alavancagem é de 2,1x no melhor cenário.

Como havia comentado em agosto o diretor financeiro da Minerva, Edison Ticle, a expectativa era levantar de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão com a oferta inicial de ações da subsidiária Athena Foods na Bolsa de Santiago, no Chile. O documento de hoje mostra que dois terços da oferta serão secundária e um terço primária, "para crescimento financeiro na Colômbia, Argentina e Chile".

Ainda no material que está disponível para analistas que acompanharão a teleconferência marcada para daqui instantes, a Minerva destaca que haverá uma Assembleia Geral Extraordinária em outubro para aprovação do aumento de capital e também para deliberar sobre mudanças no estatuto social quanto à cláusula de proteção a ofertas hostis, a "poison pill", de 20% para 33,34%.
(Luana Pavani - Luana.pavani@Estadao.com)
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