A Airbus concordou em pagar um valor total em multas de US$ 3,9 bilhões para encerrar acusações contra a companhia aérea de subornos a autoridades nos Estudos Unidos, França e Reino Unido. O anúncio foi divulgado nesta sexta-feira, 31, pelo Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos. Segundo o órgão, essa é o maior acordo já acertado para se por fim a acusações de suborno até hoje, e foi firmado no dia 28 de janeiro. A empresa havia comunicado sobre o fato, mas os valores ainda não haviam sido divulgados.
A Airbus entrou em apuros depois de denúncias de que a empresa oferecia suborno a autoridades estrangeiras, incluindo chinesas, a fim de obter e manter negócios como contratos de vendas de aeronaves, além de irregularidades na prestação de contas com a Direção de Controles Comerciais de Defesa (DDTC, na sigla em inglês) norte-americanas na venda de artigos ou serviços de defesa.
"A Airbus se engajou em um esquema maciço de vários anos para melhorar de maneira corrupta seus interesses comerciais, pagando subornos na China e em outros países e ocultando esses subornos", afirmou o procurador-geral adjunto da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Brian Benczkowski, destacando que o esquema foi combatido graças ao trabalho conjunto dos EUA com França e Reino Unido.
"Hoje a Airbus admitiu uma campanha de corrupção de anos ao redor do mundo", disse a procuradora dos Estados Unidos, Jessie Liu.
De acordo com a documentação, o esquema teria começado em 2008 e continuado pelo menos até 2015. O foco era subornar autoridades para conseguir vantagens nos âmbitos privado e público.
