Por Matheus Piovesana
São Paulo, 18/09/2020 - O Credit Suisse destaca, ao analisar as prévias operacionais da B3 referentes a agosto deste ano, o aumento da rotatividade das carteiras de ativos dos investidores. Na média geral, a rotatividade foi de 184%, de acordo com os cálculos do banco. Entre os investidores de varejo, chegou a 406%. De acordo com Marcelo Telles, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia, analistas do banco, as tendências estruturais de aceleração do mercado "continuam a acontecer."
"As receitas devem seguir fortes à luz do desempenho positivo dos volumes tanto em derivativos listados quanto no mercado à vista", comenta o relatório. O mercado de ações, inclusive, deve continuar em aceleração com a maior participação dos investidores pessoa física e com a entrada de novas empresas na Bolsa brasileira, de acordo com o banco.
Outro ponto destacado pelo banco suíço foi o aumento dos recursos na central depositária da B3 entre um mês e outro, de R$ 382 bilhões para R$ 383 bilhões. "Isso sugere aportes líquidos de R$ 14 bilhões no mês (versus R$ 10,6 bilhões na média do primeiro semestre)."
Em agosto, o volume financeiro médio diário no segmento Bovespa foi de R$ 31,393 bilhões, alta de 59,1% na comparação anual, e de 6,9% em base mensal. O número de investidores ativos avançou 119,9% em um ano, para 2,989 milhões, e subiu 4,7% na comparação com julho. Telles, Tanganelli e Garcia comentam ainda que o volume de derivativos, que subiu 20,6% em base anual, desacelerou em relação a julho, quando a alta chegou a 45%, devido à base comparativa mais alta.
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