Economia & Mercados
19/04/2018 15:59

Brasil prepara comitiva de 100 empresas para exposição em megafeira de importação na China


São Paulo, 19/04/2018 - Uma delegação de pelo menos 100 empresas brasileiras está sendo formada para levar produtos e serviços a uma megafeira de importação que será realizada pelo governo chinês no inicio de novembro em Xangai.

A aproximação ao gigante asiático acontece num momento em que as tensões comerciais com os Estados Unidos fazem a China olhar a novos fornecedores. O Brasil terá uma área de 1.700 metros quadrados no National Exhibition and Convention Center, segundo maior centro de convenções do mundo, que abrigará o evento entre os dias 5 e 10 de novembro. Lá, os exportadores brasileiros, junto com os de mais de 100 países, vão expor seus produtos a um público de aproximadamente 150 mil compradores chineses, conforme previsão dos organizadores.

No fim do mês passado, a diplomacia de Pequim, ao prometer maior acesso ao mercado chinês, projetou que o país vai importar US$ 8 trilhões nos próximos cinco anos.
A participação do Brasil na feira de Xangai está sendo coordenada pela Apex, agência responsável por promover os produtos brasileiros no exterior, com o envolvimento de quatro ministérios: Relações Exteriores, Agricultura, Indústria e Planejamento. Entidades do setor privado, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também estão chamando associados a participar do evento.

A China é, de longe, o principal destino das exportações brasileiras. No ano passado, US$ 47,5 bilhões foram embarcados ao mercado chinês, 76,7% a mais do que o total vendido aos Estados Unidos, segundo maior destino.

A pauta com os chineses é, porém, excessivamente concentrada em produtos primários. Soja, minério de ferro, petróleo e celulose - pela ordem, os quatro itens mais exportados para a China - representam 85% do total vendido pelo Brasil a seu principal cliente.

O diretor do Departamento de Relações Internacionais da Fiesp, Thomaz Zanotto, diz que a feira representa uma oportunidade para o Brasil apresentar aos importadores chineses uma gama mais abrangente de produtos. "Em geral, as feiras são restritas a um único ou poucos setores. Esta será uma feira mais ampla, envolvendo diversas indústrias, desde alimentos a equipamentos". Ele afirma que, embora nenhuma tenha confirmado, a entidade já tem cerca 40 empresas interessadas em participar do evento. (Eduardo Laguna - eduardo.laguna@estadao.com)
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