Por Augusto Decker
São Paulo, 10/05/2019 - A BRF registrou prejuízo líquido de R$ 113 milhões nas operações continuadas no primeiro trimestre de 2019, redução de 14,7% ante as perdas de R$ 133 milhões registradas no mesmo período do ano anterior. O prejuízo líquido total - soma das operações continuadas e descontinuadas - foi de R$ 1,012 bilhão, ante R$ 62 milhões no primeiro trimestre de 2018. O dado teve impacto da baixa contábil de R$ 863 milhões (CTA - Cumulative Translation Adjustment, hiperinflação e demais efeitos), sem efeito caixa, de venda dos ativos da Argentina.
A receita líquida teve alta anual de 4,7%, chegando a R$ 7,359 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 748 milhões no trimestre, alta de 9,3% ante o mesmo período de 2018. A companhia destaca que o IFRS 16 teve impacto positivo de R$ 158 milhões no Ebitda do trimestre. A margem Ebitda ajustado foi de 10,2%, alta anual de 0,4 ponto porcentual.
A companhia afirmou que os resultados "demonstram nossa disciplina de execução da nossa estratégia de longo prazo", e que o aumento nos custos dos grãos, de quase 35%, teve impacto nos resultados. A empresa também destacou o aumento na participação dos produtos processados no mercado Halal, que causou aumento de quase 13% nos preços médios de venda em relação ao primeiro trimestre de 2018.
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