Economia & Mercados
24/06/2022 19:40

Exclusivo: bancos podem ganhar até US$ 36 bi com transição climática e digital, diz pesquisa


Por Gabriel Caldeira e Francine De Lorenzo

São Paulo, 24/06/2022 - A despeito de um cenário desafiador de pressões inflacionárias e conflitos geopolíticos a curto e médio prazos, o setor bancário de atacado terá a chance de liderar transformações relacionadas à transição climática e regulação no mercado de ativos digitais, que podem render um incremento de receitas de até US$ 36 bilhões nos próximos três a cinco anos, segundo constata pesquisa da consultoria Oliver Wyman em parceria com o Morgan Stanley, obtida com exclusividade pelo Broadcast.

De acordo com o estudo, após a crise financeira do fim da década de 2000, bancos voltados a grandes clientes fortaleceram suas fontes de receita, as tornando mais "focadas e estáveis" ao ligá-las mais às atividades de seus clientes e menos às oscilações do mercado. Essa mudança estrutural tornou o setor mais resiliente, algo evidente por meio da boa performance durante o auge da crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus. Neste período, o crescimento de receita da atividade de clientes "mais do que compensou" o impacto da queda de preços de ativos, diz o relatório.

Apoiados por uma arquitetura de negócio mais sólida e com expertise suficiente à disposição, observa o estudo, grandes bancos poderão ser o principal motor do setor privado a conduzir a economia global em direção ao chamado "net-zero" (ou "emissão zero", em tradução livre), uma vez que grandes indústrias emissoras de gases poluentes estão entre seus clientes. Ao mesmo tempo, as principais instituições financeiras de atacado estão bem posicionadas para lidar com a crescente pressão e eventual regulação do mercado de finanças descentralizadas, segundo o relatório. "Experiência operando em um ambiente regulamentado, modelos de negócios projetados para entregar retornos com margens comprimidas e requisitos de capital altos, e status de contraparte confiável para clientes institucionais" são alguns dos fatores que colocam os grandes bancos em vantagem em relação a empresas nativas do setor de criptomoedas, destaca o estudo.

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