Economia & Mercados
05/12/2018 11:00

Ilan: se tivermos avanço mais forte das reformas, crescimento em 2019 poderá ser maior


Brasília, 05/12/2019 - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avaliou há pouco que a alta de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano mostrou que a economia brasileira segue trajetória de “crescimento gradual, mas consistente”.

“Esta foi a sétima variação positiva consecutiva, um comportamento não observado desde 2011”, destacou Goldfajn, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele lembrou que o PIB chegou a recuar 7,5% nos anos de recessão, mas tem crescido continuamente desde o fim de 2016.

Segundo Goldfajn, as diversas projeções de mercado apontam para um crescimento do PIB entre 1,3% e 1,5% em 2018, sendo que a projeção do BC é de 1,4%. Para 2019, a autoridade monetária espera um crescimento de 2,4%. “Se tivermos um avanço mais forte das reformas, o crescimento em 2019 poderá ser maior”, acrescentou.

O presidente do BC repetiu as apresentações realizadas por ele nos últimos dias. Ele voltou a defender a aprovação de reformas de natureza fiscal, como forma de garantir os bons resultados da política monetária - atualmente com juros no piso histórico e expectativas de inflação próximas das metas neste e nos próximos anos. “Juros baixos e inflação na meta têm ajudado a recuperação gradual da economia”, explicou.

Goldfajn voltou a avaliar que o cenário externo de 2018 se mostrou desafiador às economias emergentes, mas reforçou que os efeitos desse ambiente desfavorável dependem fundamentos de cada economia.

“Fatores como necessidade de financiamento externo, nível de inflação e de autonomia de facto do banco central e o estágio alcançado no processo de reformas e ajustes ajudam a passar por cenário externo desafiador”, destacou.

Goldfajn lembrou ainda que o apetite ao risco de ativos de economia emergentes tem apresentado relativa estabilidade, ainda que em níveis aquém daqueles verificados no começo de 2018. “Não obstante tais incertezas, o Brasil possui amortecedores robustos para enfrentar choques internos ou externos”, completou.

O presidente do Banco Central também repassou o balanço das ações da Agenda BC+ divulgado na semana passada, com 19 iniciativas concluídas entre 2016 e 2017, 22 medidas concluídas neste ano e mais propostas 27 em andamento. (Eduardo Rodrigues - eduardor.ferreira@estadao.com)
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