Por Pedro Caramuru
São Paulo, 02/08/2020 - A Secretaria de Estado americano disse condenar a decisão do governo de Hong Kong em adiar, por um ano, as eleições ao Conselho Legislativo, espécie de parlamento do território autônomo. As eleições estavam inicialmente agendadas para o dia 6 de setembro. "Não há razão válida para um adiamento tão extenso. É provável, portanto, que Hong Kong nunca mais seja capaz de votar - em algo ou alguém", disse, em nota, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
"Essa ação lamentável confirma que Beijing, não tem intenção de honrar os compromissos feitos ao povo de Hong Kong e ao Reino Unido, sob a Declaração Conjunta Sino-Britânica, tratado registrado nas Nações Unidas, e a Lei Básica [Constituição de Hong Kong]", diz o texto.
O secretário pede ainda que as autoridades de Hong Kong reconsiderem a decisão de adiar as eleições e que remarquem a realização das eleições para uma data próxima à original, sob risco de que a ilha "continue a marcha para se tornar apenas mais uma cidade na China administrada pelo comunismo".
Prisões
Pelo Twitter, Pompeo, afirmou : "Nós estamos gravemente preocupados com a prisão de quatro estudantes em Hong Kong sob a nova Lei de Segurança Nacional e a desqualificação dos candidatos pró-democracia. Beijing continua a quebrar suas promessas e eviscerar a autonomia de Hong Kong".
Na última semana, quatro estudantes, entre 16 e 21 anos, foram presos sob a Nova Lei de Segurança Nacional. Desde março do último ano, a população de Hong Kong tem se reunido nas ruas para protestar o governo local e a proposição de um projeto de extradição para a China.
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