Por Flavia Alemi
São Paulo, 28/04/2019 - Com mais de 28% dos votos, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, venceu o pleito deste domingo (28), que teve o maior comparecimento às urnas desde 2004, de 75,75%. A força do PSOE marca, ao mesmo tempo, imensa perda do conservador Partido Popular (PP), que viu sua base cair pela metade em relação a 2016, e ascensão do partido de extrema-direita Vox.
Ainda que o PSOE tenha assegurado 123 vagas no Congresso da Espanha, aumentando sua presença na Casa em mais de 40% em relação às eleições passadas, o partido precisará fazer alianças para conquistar a maioria absoluta de 176 deputados.
Não será possível formar maioria com os partidos que, junto com o PSOE, representam o bloco ideológico de esquerda. O Unidas Podemos, coalizão formada por Podemos, IU, Equo e En Comú Podem, elegeu 42 representantes, e o Compromís apenas um, totalizando 166, 10 a menos que o necessário. Por isso, o PSOE terá de recorrer aos partidos independentes para formar governo.
No outro polo, o conservador Partido Popular (PP), que liderava a oposição a Pedro Sánchez no Parlamento, com 137 deputados, teve esse número reduzido para 66. Ao mesmo tempo, o Vox, uma dissidência de extrema-direita do PP fundada em 2013, conquistou 24 cadeiras e chegou pela primeira vez ao Congresso.
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