Economia & Mercados
05/12/2018 15:57

Venda de caminhões crescerá pelo menos dois dígitos em 2019, diz Volkswagen Caminhões e Ônibus


São Paulo, 05/12/2018 - O mercado de caminhões vai crescer pelo menos dois dígitos em 2019, afirmou nesta quarta-feira o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, que não quis revelar a projeção exata da empresa. A expansão, no entanto, será menor que a deste ano, que caminha para terminar com alta de cerca de 50% - até novembro o crescimento é de 49%.

"Nossa expectativa para o ano que vem se baseia na confiança do consumidor, que é positiva, nos projetos de infraestrutura que esperamos que sejam tocados, estimulando a demanda por caminhão, e na conscientização dos caminhoneiros que precisam renovar a frota", disse o executivo, em evento da empresa. Segundo ele, antes da crise econômica, a frota de caminhões costumava ter uma média de dois a três anos. Agora, é de cinco anos.

Na opinião de Cortes, com a expansão de cerca de 50% do mercado em 2018, o setor encerra um período de crise. Entre 2013 e 2017, as vendas caíram 66%. Depois de os emplacamentos voltarem a crescer, ele espera que o ano de 2019 seja marcado pela recuperação da rentabilidade, porque, até o momento, o crescimento se deu em cima de margens pequenas. "Os volumes voltaram. No ano que vem serão os preços", diz.

O presidente da empresa afirmou ainda que está animado com o próximo governo e com o viés liberal dos nomes que já foram anunciados para compor os ministérios e as secretarias. "O liberalismo é a única forma. Somos a favor de uma abertura e das reformas", disse o executivo.

O ânimo de Cortes não é atingido nem mesmo pelas sinalizações do novo governo de que a reforma da Previdência pode demorar para sair. "É claro que quanto mais rápido melhor, mas o importante é que progrida, que os problemas fiscais sejam atacados", afirmou.

Cortes aproveitou a ocasião para reafirmar o plano da empresa de investir R$ 1,5 bilhão no Brasil entre 2018 e 2022. "Não vamos alterar um centavo", disse. A fábrica de Resende tem operado com 60% de ociosidade, depois de ter chegado a 75% durante a crise. Após as férias coletivas de fim de ano, vai operar com um segundo turno parcial. Para esse aumento de produção, foram contratados 350 novos funcionários. Com isso, a fábrica terá 3,5 mil trabalhadores. (André Ítalo Rocha - andre.italo@estadao.com)
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