Por Aline Bronzati e André Ítalo Rocha
São Paulo, 03/02/2021 - O presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, afirmou que as agendas de reformas que o País precisa "estão dadas". Mais do que uma sinalização no curto prazo, o governo Bolsonaro tem de avançar com medidas de longo prazo e que se reflitam na curva futura de juros do País.
"As agendas de reformas estão dadas. É a administrativa, a simplificação tributaria. São questões prementes para que a gente possa seguir. Importante não é nem tanto medida curto prazo, mas de longo prazo e que ajudem a própria curvatura de juros, como aconteceu com [a reforma da] previdência", avaliou Rial, em teleconferência com a imprensa, para comentar os resultados de 2020.
Ele lembrou que a 'poupança' de cerca de R$ 800 bilhões gerada com a reforma da Previdência foi útil já em 2020, quando o governo brasileiro assim como outros países tiveram de gastar mais para enfrentar a crise gerada pela pandemia. "Precisamos de uma sinalização de que as reformas são para valer", cobrou o presidente do Santander Brasil.
Rial afirmou que não poderia tecer comentários sobre os candidatos eleitos ao Congresso, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para as presidências da Câmara e do Senado. Também não quis comentar sobre o risco de o impeachment do presidente Jair Bolsonaro ter se reduzido com a escolha dos nomes apoiados pelo Planalto.
"Não posso comentar se o atual será melhor que seu antecessor. O que eu avalio é o desempenho efetivo. O mesmo vale para CEOs. Vale mais o que eu entrego do que eu falo", concluiu.
Contato: aline.bronzati@estadao.com e andre.italo@estadao.com
