Por Marcia Furlan
São Paulo, 08/04/2024 - Um estudo realizado pela Adyen, líder global de tecnologia de pagamentos para grandes empresas, apontou que ataques cibernéticos ou vazamento de dados causaram uma perda ao setor varejista global de em média US$ 2,9 milhões por empresa em 2023. No Brasil, as ações fraudulentas resultaram em um prejuízo médio de R$ 8,5 milhões por empresa.
Em alguns segmentos, como o varejo de moda de luxo, o prejuízo foi maior, de R$ 9 milhões, e o comércio de aparelhos eletrônicos teve uma perda média de R$ 10,2 milhões por empresa.
Segundo o Relatório Varejo, realizado em parceria com o Centro de Pesquisa Econômicas e de Negócios (Cebr), mais de um terço (37%) das empresas varejistas brasileiras foram vítimas de ações fraudulentas no ano passado, um aumento de 69% em comparação com 2022.
As fraudes causam prejuízo também aos compradores. Dois em cada cinco consumidores brasileiros (43%) foram vítimas de fraudes de pagamentos no ano passado, ou seja, roubo de identidade (quando criminosos usam o número do cartão de crédito ou débito, ou dos dados da conta corrente, para uma compra não autorizada). Os consumidores, de acordo com dados da pesquisa, perderam, em média, R$ 2.022,46 - um aumento de 137% em relação ao ano anterior. Assim, ao menos 36% têm optado por fazer compras on-line em lojas que têm medidas de segurança mais rigorosas.
Ao mesmo tempo, segundo a Adyen, as empresas brasileiras estão considerando investimentos e mudanças em sua tecnologia, a fim de proteger seus negócios e clientes. Mais da metade (53%) planeja adotar provedores de pagamentos com mecanismos aprimorados na proteção contra fraudes.
A pesquisa foi realizada na segunda quinzena de janeiro em 25 países e ouviu 38.151 pessoas e 13.177 comerciantes. No Brasil, foram 2.003 entrevistados e 518 empresas.
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