Chicago, 05/02/2018 - Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em baixa nesta segunda-feira. De acordo com participantes, a perspectiva de condições climáticas favoráveis na Argentina permanece pressionando a oleaginosa. Segundo a consultoria INTL FCStone, fevereiro deve ser um mês mais chuvoso no país, o que tende a favorecer as lavouras. Além disso, o mercado é pressionado pelo fortalecimento do dólar ante as principais divisas internacionais, que diminui a competitividade de commodities produzidas em território norte-americano.
Sinais de demanda para a soja, entretanto, podem incentivar uma mudança nesse cenário. Exportadores privados relataram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vendas de 198.600 toneladas de soja para destinos não revelados. Do total, 132 mil toneladas têm entrega prevista para o ano comercial de 2017/18 e 66,6 mil toneladas serão entregues na temporada de 2018/19.
O trigo também recua e amplia as perdas de sexta-feira, ainda pressionado pelo avanço do dólar. Além disso, o mercado tem sinalizado demanda enfraquecida pela commodity nos Estados Unidos.
Enquanto isso, o milho amplia o ritmo de quedas após encerrar estável nas três últimas sessões. No dia, o recuo do petróleo tem pressionado o grão, que é matéria prima principal do biocombustível nos Estados Unidos. O petróleo opera em baixa ante aumento do número de poços e plataformas em operação nos EUA e a pressão generalizada nos mercados acionários no mundo.
No geral, participantes começam a ajustas suas posições antes das projeções de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará na quinta-feira (8).
Há pouco, o vencimento março da soja recuava 3,75 cents (0,38%), a US$ 9,75 por bushel. O milho para março perdia 2,75 cents (0,76%), a US$ 3,5875 por bushel, enquanto igual vencimento do trigo caía 1 cent (0,22%), a US$ 4,4575 por bushel. (Cristian Favaro, cristian.favaro@estadao.com; com Dow Jones Newswires)
