São Paulo, 04/12/2018 - A Embrapa Soja informa 55 relatos de ferrugem da soja em seis estados - Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. "A semeadura cedo, associada às plantas de soja voluntárias (guaxas) com ferrugem que sobraram do vazio sanitário e as condições favoráveis, com chuvas bem distribuídas, fez com que as primeiras ocorrências fossem antecipadas em até um mês em relação à safra 2017/2018", disse, em nota, a pesquisadora Claudia Godoy.
De acordo com a Embrapa, a dificuldade para manejar a doença será ainda mais complexa nos estados em que a semeadura foi tardia, como o Rio Grande do Sul. No comunicado, a pesquisadora Leila Costamilan, da Embrapa Trigo, destaca que o plantio atrasou por causa das chuvas frequentes e volumosas em outubro. "Também fizeram com que, em algumas áreas, ocorressem replantios devido à morte de soja, causada pela doença podridão radicular de fitóftora.".
A Embrapa diz que no Rio Grande do Sul há o agravante de não ser adotado o vazio sanitário. Leila diz que há relatos de ferrugem em plantas voluntárias de soja, que sobreviveram ao inverno em várias regiões, e em kudzu, indicando a presença de esporos do fungo. Até agora, há 11 relatos de focos da doença, em áreas comerciais. "Alguns produtores conseguiram semear cedo, o que ocasionou uma grande janela de semeadura. As primeiras áreas semeadas irão produzir inóculo para as áreas que semearam mais tarde", explica.
O primeiro relato de ferrugem da soja na safra 2018/19 pelo Consórcio Antiferrugem foi em Porto Mendes (Marechal Cândido Rondon), no Paraná, em 31 de outubro, cadastrado pelas cooperativas Copagril e Copacol.
