São Paulo, 07/11/2018 - Os contratos futuros de grãos tendem a começar o pregão desta quarta-feira sem uma direção única na Bolsa de Chicago (CBOT). Traders aguardam as informações do relatório sobre oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã (8), para assumirem posições mais firmes. Além disso, adversidades climáticas esperadas para as lavouras dos Estados Unidos e do Brasil podem influenciar positivamente os preços da soja ao longo da sessão.
De acordo com a consultoria ARC Mercosul, operadores de Chicago estão apostando na possibilidade de redução das produtividades do milho e da soja, no relatório do USDA. "Não há dúvidas que as tempestades durante outubro, em plena colheita norte-americana, reduziram o teto produtivo de toda a safra norte-americana de grãos. O que ainda é incerto seria a dimensão destas reduções", dizem os analistas em relatório. Até esta semana, a colheita da oleaginosa estadunidense havia atingido 83%, enquanto o cereal estava em 76%. Os trabalhos da soja continuam atrasados, "incapazes de recuperar os prejuízos de ritmo de três ou quatro semanas atrás", acrescenta a ARC.
O milho mantém perspectiva baixista, pressionado pelo avanço da colheita norte-americana. Dados dos USDA divulgados nesta semana sobre acompanhamento de safra indicam que a colheita da safra 2018/2019 de milho atingiu 76% da área plantada na semana passada. Os trabalhos de campo estão adiantados em relação ao período correspondente do ano passado (68%), mas atrasados ante a média dos cinco anos anteriores (77%). Já o trigo pode oscilar entre a estabilidade e o campo positivo, mediante a cautela adotada para o relatório de oferta e demanda do USDA e o atraso no plantio do Meio-Oeste dos Estados Unidos.
No overnight, o vencimento janeiro da soja ficou estável, a US$ 8,8425 por bushel. O milho para dezembro recuou 0,75 cent (0,20%), a US$ 3,7250 por bushel, enquanto igual vencimento do trigo subiu 0,75 cent (0,15%), a US$ 5,1275 por bushel. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com - com informações da Dow Jones Newswires)
