Por Gabriela Brumatti
São Paulo, 27/07/2022 - A norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 206 milhões (US$ 1,34 por ação) no segundo trimestre de 2022, queda de 43,1% ante o resultado de US$ 362 milhões (US$ 2,37 por ação) do mesmo período de 2021. Já o lucro por ação ajustado foi de US$ 2,97, ante US$ 2,61 por ação obtidos em igual intervalo do ano anterior. Analistas consultados pela FactSet previam um lucro ajustado por ação maior, de US$ 3,20. Em nota, a companhia afirmou que a queda no desempenho ocorreu porque os aumentos de preços não conseguiram compensar o aumento dos custos operacionais.
O lucro antes de juros e impostos (Ebit) apresentou queda de 29,8% no intervalo avaliado, a US$ 322 milhões, ante US$ 459 milhões em igual período do ano anterior. Já a receita aumentou 16,5% no comparativo anual, de US$ 15,39 bilhões para US$ 17,93 bilhões. Analistas esperavam receita de US$ 17,15 bilhões, segundo a FactSet.
As vendas da Divisão de Óleos Especiais e Refinados subiram 38,75%, de US$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2021 para US$ 4,44 bilhões no segundo trimestre deste ano. Segundo nota da companhia, o segmento melhorou em todas as regiões com força particular na América do Norte e Europa.
O CEO da Bunge, Greg Heckman, afirmou que as expectativas foram superadas diante da volatilidade global e espera que a empresa continue se adaptando. "Estamos confiantes em nossa capacidade de navegar com sucesso pela volatilidade e implantar capital de forma eficaz", disse.
Para todo o ano de 2022, a Bunge prevê lucro ajustado de, pelo menos, US$ 12 por ação. Na Divisão de Agronegócio, espera-se que os resultados sejam levemente superiores à perspectiva anterior, mas permaneçam abaixo do ano passado. Em Óleos Especiais e Refinados, espera-se que os resultados do ano de 2022 sejam superiores às perspectivas anteriores e aos dados de 2021.
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