Agronegócios
22/06/2017 11:37

BC/Viana: inflação baixa e previsível é melhor contribuição para crescimento econômico


Brasília, 22/06/2017 - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, avaliou há pouco que uma inflação baixa e previsível é a melhor contribuição para o crescimento econômico. Ao comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado hoje pelo BC, ele afirmou o cenário básico do Comitê de Política Monetária (Copom) contempla a estabilização da atividade econômica e uma recuperação gradual do PIB.

"As evidências sugerem a estabilização da economia, o que pode ser visto na produção industrial. O IBC-Br reflete a evolução de setores da economia, como a agropecuária e serviços, e as expectativas continuam apontando para crescimento gradual", analisou, lembrando que o uso da capacidade segue operando em patamares que indicam ociosidade na economia.

Viana comentou ainda que a projeção do PIB foi mantida em 0,5%, que, segundo ele, continua adequada. "Isso reflete de um lado a melhoria de alguns indicadores, mas, por outro lado, a conjuntura sugere aguardar a entrada de mais informações para vermos como a atividade se comporta", explicou.

O diretor citou ainda um box do RTI que mostra que o efeito da atividade agropecuária sobre outros setores da economia ocorre principalmente no primeiro trimestre do ano. "Os demais setores também se beneficiaram dessa safra favorável que tivemos neste ano", acrescentou.

Sobre o setor externo, Viana repetiu que o quadro para o balanço de pagamentos brasileiro em 2017 permanece bem favorável. Ele agregou que o desenvolvimento no cenário internacional tem sido positivo, com movimentos mais sincronizados de crescimento em países e blocos econômicos importantes.

"Além disso, a inflação que vinha ocorrendo em níveis abaixo do desejado em várias dessas economias começa a apontar um retorno para patamares mais próximos de seus objetivos. As taxas de juros de longo prazo das economias emergentes têm comportamentos adequados e os preços das commodities voltaram para patamares mais favoráveis que há dois anos", completou. (Fabrício de Castro, Eduardo Rodrigues e Fernando Nakagawa -fabricio.castro@estadao.com,eduardor.rodrigues@estadao.com efernando.nakagawa@estadao.com)
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