Agronegócios
14/11/2018 12:21

JBS/O'Callaghan: desempenho da Seara foi afetado pela alta de 44% do custo do milho


São Paulo, 14/11/2018 - A Seara, unidade de aves e suínos da JBS no Brasil, registrou desempenho positivo em receita líquida e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no terceiro trimestre de 2018, ante igual período de 201, no entanto, o diretor de Relações com Investidores da JBS, Jerry O'Callaghan, destacou que houve um impacto negativo vindo do aumento de custos com milho e farelo de soja. "Houve aumento de 44% no custo do milho no comparativo anual", disse o executivo durante teleconferência com analistas nesta quarta-feira.

Segundo balanço da companhia, a Seara marcou alta de 0,7% no Ebitda, para R$ 512,1 milhões no terceiro trimestre de 2018. A receita líquida avançou 8,8%, para R$ 4,991 bilhões, como resultado do aumento de preços nos mercados interno e externo. O volume total comercializado apresentou uma redução de 6,7%, ainda como reflexo da greve dos caminhoneiros, que reduziu o volume de alojamento de animais para abate no terceiro trimestre.

"Continuamos focados na construção da marca Seara no Oriente Médio", ressaltou O'Callaghan. O diretor Operacional Global, Gilberto Tomazoni, acrescentou que as exportações de frango da Seara para a Europa passaram de 11% no terceiro trimestre de 2017 para 14% no mesmo período deste ano. Desde meados de março, a principal concorrente no embarque de aves para a União Europeia, a BRF, sofreu um embargo do bloco e está impedida até hoje de exportar a proteína para aquele mercado.

Já a JBS Brasil, que compreende o segmento de bovinos e couros, registrou uma expansão de 23,2% na receita, influenciada pelo aumento de 18,1% no volume e de 4,4% no preço de venda. No mercado externo, o crescimento da receita foi de 54,1%, com volumes 30,5% e preços 18,1% maiores, impulsionado também pela desvalorização do real. "O desempenho aumentou com maior volume de animais processados e preços médios mais atrativos", afirmou o diretor de RI.

"Estamos focados na geração de caixa e melhor utilização da capacidade industrial no Brasil. No segmento de natalinos, as vendas já começaram estamos otimistas para o último trimestre", comentou Tomazoni. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)
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