Agronegócios
13/11/2018 16:08

Summit/Agrotech: tecnologias aumentam eficiência da produção e comercialização agrícola


São Paulo 13/11/2018 - O dinamismo do mercado tem sido o motor para o desenvolvimento de tecnologias que aumentam a eficiência na produção e comercialização agrícola no Brasil. Startups presentes no Summit Agro Brasil do Estadão, em São Paulo, apresentaram hoje soluções que abrangem desde o combate a pragas e doenças até a modernização dos meios de negociação da safra. "O que se tem visto é que o produtor tem evoluído muito e se adaptado a novas tecnologias. O uso delas é cada vez mais essencial para manter as atividades em campo. O manejo das culturas não é mais como antes", afirma Pedro Paiva, COO da Grão Direto, plataforma digital para a compra e venda de grãos.

Paiva ressalta que a presença predominante de negociações por telefone ainda representa um elevado custo para as empresas, o que levou a startup a desenvolver um sistema digital que conecta compradores e vendedores. O aplicativo reúne informações sobre essa comercialização, fornecendo dados sobre essas operações. "No fim do dia, o operador possui uma gama enorme de dados e informações que dão uma maior capacidade para os gestores tomarem decisões mais embasadas", explica Paiva.

Outra operação que passa por uma revolução tecnológica é o barter - modalidade de crédito na qual o agricultor troca parte da produção a ser colhida por insumos para o plantio com indústrias de defensivos e fertilizantes. A solução encontrada pela Bart Digital foi, assim como a Grão Direto, a digitalização dessas operações, reduzindo o prazo de conclusão desses contratos de meses para dias. "O objetivo da ferramenta é ser uma gestão integrada de títulos e contratos no agronegócio. Não é restrita à operação de barter e funciona para qualquer operação de crédito", ressalta Renato Giroto, CEO da companhia. Além da negociação via assinatura digital, a empresa ainda oferece o acompanhamento e monitoramento da safra oferecida como garantia, com alertas sobre o início efetivo da colheita.

Na compra de insumos, a Bee Agro tem buscado fornecer cada vez mais informações a seus clientes por meio de uma plataforma coletiva de compartilhamento de informações, facilitando o acesso a ofertas de defensivos e fertilizantes a preços mais competitivos. "O agricultor, ao compartilhar suas informações, a disponibiliza para toda a comunidade bee agro. Não é um ganho apenas individual", ressalta Guilherme Ferraudo, CCO da companhia.

No campo, essas transformações têm focado o manejo das lavouras. A Agriconnect, atenta ao avanço da agricultura de precisão agregada a máquinas mais modernas usadas em campo, desenvolveu uma solução que permite o uso de dados em qualquer trato, ainda que absolutamente mecânico. "É um dispositivo menor que um celular, de baixo custo e baixa manutenção e fácil instalação", explica Boris Rotter, CEO da empresa. O resultado é menor uso de combustível, insumos e redução nos custos com manutenção do maquinário diante de um uso mais racional dos veículos.

Os mesmos resultados têm sido obtidos pela adoção de drones. Fabrício Hertz, da Horus Aeronaves, ressalta que o uso de veículos aéreos não tripulados. "Os drones têm sido uma realidade nas fazendas por diversas razões. A primeira delas é a redução no uso de insumos na ordem de 50%, o aumento de produtividade na ordem de 20% e o maior numero de informações geradas, tornando as decisões mais eficazes", destaca Hertz. De acordo com ele, o retorno de investimento gerado pela operação com drones na agricultura verificada pela Hertz tem sido de cerca de 10 vezes, puxado justamente pelo aumento de produtividade. (Cleyton Vilarino, especial para a Agência Estado)
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