Maringá, 23/01/2019 - O escoamento da produção agrícola de parte da região noroeste do Paraná ainda esbarra na falta de asfaltamento da BR-158. Ao se deslocar pela rodovia de Campo Mourão até Roncador, a Equipe 2 do Rally da Safra 2019 se deparou com pelo menos 70 km de rodovia não asfaltada, com buracos e desníveis na pista e com cobertura de cascalho apenas em alguns pontos. Quando o fluxo de veículos na rodovia aumentava, a terra argilosa típica da região se deslocava, provocando uma nuvem de poeira e atrapalhando a visão dos motoristas.
Sem asfalto: poeira levantada pela terra em trecho da BR-158 no noroeste do Paraná
Foto: Leticia Pakulski/Estadão
"A gente produz o grão e a trading não consegue tirar daqui. Quando chove, o caminhão encalha e trava a pista", disse o produtor Rodrigo Salvadori, que tem uma propriedade em Luiziânia cujo acesso é feito pela rodovia. Segundo ele, durante a safra, o fluxo de caminhões cresce muito para retirada da soja e do milho verão pelos compradores. "Aqui tem muita gente usando a rodovia, pega Luiziânia, Mamborê, Roncador, é uma estrada movimentada."
O produtor defende uma solução para a rodovia. "A BR-158 é uma BR importante e gostaria de pedir ao novo governo que desse uma atenção ao escoamento da safra para que esse produto possa realmente render lucro ao produtor", disse. "É muito ruim você produzir e fazer todo o seu trabalho dentro do campo e ter problema com infraestrutura e logística." (Leticia Pakulski* - leticia.pakulski@estadao.com)
*A jornalista viaja a convite da Agroconsult
