Agência Tecban
29/11/2021 06:00

O papel do dinheiro no mundo e nas principais economias



A cada novidade que surge no setor de meios de pagamentos, acende o questionamento sobre o fim do dinheiro em espécie. A pergunta não parece encontrar embasamento na realidade. O papel-moeda segue tendo grande importância para o desenvolvimento econômico mundial, mesmo em mercados considerados como exemplos de digitalização. E não é preciso ir longe para entender o porquê. A resposta está bem aqui, no Brasil.
Na realidade brasileira, compras, tarifas públicas e salários são pagos, muitas vezes, em espécie. Até mesmo os aplicativos de transporte compartilhados tiveram de se adaptar à realidade e começaram a aceitar dinheiro vivo como forma de pagamento para ampliar a base de clientes.
Não por acaso, 99% dos estabelecimentos comerciais do País aceitam cédulas como forma de pagamento. Afinal, há um universo de 30 milhões de desbancarizados que precisam consumir, assim como uma parcela da população que vive em áreas remotas ou em periferias com dificuldades de acesso à internet e serviços financeiros digitais.
Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, 65% dos entrevistados nas classes D e E afirmaram que o papel-moeda é a forma de pagamento que mais utilizam. O cenário ajuda a entender por que o uso do numerário continua muito forte e relevante no Brasil.
Afinal, ele garante maior poder de compra, mais controle orçamentário e autonomia para as pessoas. Em resumo: segue como o meio de pagamento mais universal até hoje no Brasil e no mundo.

Estrutura

Para que os recursos circulem e cheguem rapidamente às mãos de quem necessita, porém, é necessário contar com um ecossistema ágil, eficiente e fluído. Por isso, os caixas eletrônicos têm sido fundamentais nesse processo de integração entre o físico e o digital.
Maior rede independente de caixas eletrônicos do mundo em volume de saques, o Banco24Horas possui 24 mil caixas todo o País. Somente este ano, a empresa passou a operar em quase 100 novos municípios. "A expectativa é chegar a mil cidades brasileiras até o final de 2021", informa o diretor de negócios e relacionamento da TecBan, Vitor Chiavelli.
Segundo ele, em seus 39 anos de existência, a empresa tem se dedicado a compreender as necessidades da população, do varejo e das instituições financeiras. Dessa forma, consegue oferecer um modelo de eficiência que atenda todos os segmentos da economia e suas respectivas peculiaridades.
"Criamos soluções para o mercado, oferecendo a nossa estrutura e segurança para uma melhor gestão do ciclo de dinheiro e experiência dos clientes. Oferecemos uma economia superior a R$ 2 bilhões ao sistema financeiro, o que acontece ano após ano, desde 2017", completa.

Mundo afora

No Reino Unido, por exemplo, o uso de papel-moeda caiu praticamente pela metade durante a pandemia, o que reacendeu antigas preocupações sobre garantir incentivos para que o acesso ao dinheiro seja mantido para a população.
Há anos, o governo britânico tem se preocupado com as implicações sociais que o acesso reduzido ao numerário pode ter. E a inquietação não é em vão.
Já em 2019, o levantamento Access to Cash Review mostrava que 25 milhões de britânicos avaliavam como "problemático" a falta de dinheiro físico. E parte dessa preocupação vem do entendimento compartilhado que, em uma sociedade na qual não há dinheiro, pessoas de baixa renda e/ou sem acesso a boas conexões à internet seriam prejudicadas.
Por isso, medidas têm sido implementadas para garantir acesso fácil e gratuito ao dinheiro para os britânicos. Um caso aconteceu em 2020, quando o Tesouro britânico colocou em vigor uma medida que garantia que a possibilidade de fazer saques em lojas, sem a necessidade de realizar compra no local.
A tendência não se restringiu a órgãos públicos e chegou também na iniciativa privada. Um exemplo foi o movimento que contou com a assinatura de milhares de supermercados e estabelecimentos comerciais, garantindo a manutenção de cédulas e moedas como formas de pagamento.
Resultado: no primeiro trimestre de 2021, 99,7% dos britânicos estavam a, pelo menos, 5 quilômetros de distância de um ponto de acesso gratuito a dinheiro.
"Uma das principais lições que devem ser tiradas do cenário britânico é o equilíbrio fino e a diferença tênue entre um ecossistema eficiente e outro que exclui milhões de pessoas de seu raio de atendimento. No Brasil, a vasta infraestrutura de autoatendimento é tornada viável pelos processos e relações construídas ao longo de décadas, baseado na segurança, capilaridade e pelo sistema de quatro saques grátis por mês", ressalta Chiavelli.

Vivência pacífica

Se o papel-moeda se mantém como fundamental na economia, a ampliação de meios de pagamentos digitais deve ser analisada como mais uma força nesse cenário. "É importante desmitificar a dualidade entre dinheiro ou digitalização, como se um meio de pagamento inviabilizasse o outro. Os dois coexistem não apenas para preservar a diversidade e o direito de escolha do cidadão, mas porque cada um atende um perfil diferente de consumidor", avalia o diretor da TecBan.
A empresa, inclusive, desenvolve soluções que geram eficiência nesse modelo. No Banco24Horas, é possível fazer mais de 90 possibilidades de transações. Saques, por exemplo, podem começar em um celular e serem finalizados nos caixas eletrônicos da rede. Desde o lançamento, em 2019, o Saque Digital registrou mais de 18 milhões de transações, que movimentaram mais de R$ 6 bilhões.
"É uma tendência cada vez maior que o caixa eletrônico seja um ponto de relacionamento entre brasileiros e instituições e quanto mais soluções incorporadas, com diferentes tipos de transações, mais a população ganha e as instituições melhoraram a experiência de seus clientes", explica.
Tendência mundial, os caixas eletrônicos recicladores também são um exemplo disso. "O mesmo dinheiro depositado nas máquinas é usado pelos consumidores e, com o marketplace de numerário, as instituições conseguem movimentar seu dinheiro em espécie com mais eficiência. Temos a capilaridade física e a conectividade para integrar os dois mundos", finaliza Chiavelli.
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