Agência Tecban
28/02/2022 08:10

Mercado de seguros e previdência avança no conceito "Open"



Quem já contratou ou renovou um seguro de carro sabe que o processo sempre começa com um questionário feito para entender qual é o perfil do segurado. Seus hábitos de vida são listados, categorizados e, normalmente, comparados com pessoas de perfil similar - mesma faixa de idade, por exemplo - para chegar a um produto que tenha melhor probabilidade de atender suas necessidades. É também com base nessa análise que é feita a precificação.
Agora, imagine que, ao chegar o momento de renovar ou contratar um seguro, diversas seguradoras já tenham avaliado seu perfil e criado ofertas personalizadas, com preços e funcionalidades compatíveis ao seu momento de vida. Essa experiência facilitada e conveniente está cada vez mais perto.
O Open Insurance abre as portas para que isso se torne realidade. O novo conceito coloca o cliente do mercado de seguros e previdência privada no centro das atenções e com total poder de decisão. O Sistema de Seguros Aberto, como também é conhecido, funciona seguindo o modelo do Open Banking, que prevê o compartilhamento de dados, autorizado pelos usuários, por meio de APIs (Application Programming Interface).
"O conceito "Open" tem como base o compartilhamento dos dados por parte dos consumidores. O Open Insurance possui os mesmos conceitos basilares do Open Banking, mas voltados ao mercado de seguros e previdência. Ambos visam a utilização e análise das informações compartilhadas pelos clientes para uma oferta mais assertiva e aderente ao consumidor final", explica Fernando Tassin, Gerente de Meios de Pagamentos e Tendências da TecBan.
O Open Insurance está sendo implementado de forma gradativa. A primeira fase começou em 15 de dezembro de 2021, com exposição de dados públicos das empresas ligados a produtos e canais de atendimentos. Nesse momento, as companhias participantes têm até 04 de março de 2022 para realizar os testes de conformidade e registro das APIs, o que visa garantir a segurança e eficiência do sistema.
A próxima etapa está prevista para 1º de setembro de 2022, quando os brasileiros poderão compartilhar seus dados pessoais. Na última fase, com início projetado para dezembro de 2022, haverá a efetivação dos serviços, modificações, endossos, acessos, resgates e avisos de sinistros, além da entrada da Sociedade Iniciadora de Serviços de Seguros, a SISS.

Nova realidade

A expectativa é de que seja uma revolução na forma como os consumidores lidam com seus dados e gerenciam sua vida financeira. "Nos próximos anos, todos estaremos acostumados a essa nova realidade, em que soluções de crédito, seguro, investimentos e muitos mais serão personalizadas, com base no entendimento completo dos hábitos de consumo, gastos e da saúde financeira de cada cliente", diz Fernando Tassin.
A TecBan, líder mundial em rede independente de caixas eletrônicos e que já possui experiência em conectar mais de 150 instituições ao Banco24Horas, vem se preparado para atuar esse novo momento no País. Em dezembro, quando a fase de implementação do Open Insurance teve início, ela lançou uma solução para facilitar a implementação e a gestão do novo sistema aberto.
A aplicação visa reduzir a complexidade e acelerar a integração das seguradoras e insurtechs à regulamentação brasileira, inclusive de forma interoperável com o Open Banking, se for do interesse das instituições. "É um marco importante, pois apresentamos o serviço ao mercado com clientes já em produção e com capacidade de atender as necessidades desta fase de implementação do Open Insurance".
Tassin acrescenta ainda que se trata de "pioneirismo" da empresa, que criou uma plataforma que atende tanto ao Open Banking quanto ao Open Insurance, permitindo aos participantes do setor bancário se conectarem ao mercado de seguros e, ainda, integrando-os com soluções provenientes de Fintechs, Insurtechs e empresas parceiras. "É uma verdadeira plataforma de Open Finance, que conecta empresas e expande as possibilidades de soluções".

Detalhes

Nos últimos meses, o mercado esteve focado na análise e desenvolvimento para adesão às necessidades da fase 1 do Open Insurance, trabalhando pilares como certificações, APIs e segurança. O objetivo era preparar o terreno para a construção de uma fundação sólida.
Tudo para que o sistema aberto pudesse crescer de forma segura. "Para o consumidor final, o segundo semestre do ano deve apresentar novidades cruciais, podendo, efetivamente, gerar benefícios, com segurança, agilidade, inovação, de forma completa e tangível", avalia Tassin.
Com a implementação das novas fases, a tendência é de que o consumidor ganhará muito com o novo modelo, já que terá liberdade para utilizar seus dados financeiros.
"Atualmente essas informações não são aproveitadas na totalidade do seu potencial. O compartilhamento da informação de serviços e dados possibilitará novas oportunidades ao cliente, tornando-o empoderado na tomada de decisão entre um produto ou empresa em detrimento de outra, permitindo que o usuário final tenha acesso a melhores ofertas".
Com os dados e preferências dos clientes em mãos, também se abre espaço para diversificação de produtos e serviços por parte das Seguradoras e Corretoras, além da entrada de outras empresas, que poderão desenvolver novos e melhores serviços, personalizados para as necessidades e hábitos de cada consumidor.
Certamente, são mais possibilidades e oportunidades. "O Open Insurance cria um ambiente extremamente propício à inovação e à criação de diferenciais competitivos. Assim, cada empresa poderá ampliar suas entregas, captando novos clientes e fidelizando os atuais. É um ambiente extremamente promissor para todos os envolvidos".
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