Agência 99
28/07/2022 08:25

Documentos e chaves estão entre os itens mais esquecidos no transporte


Quem nunca esqueceu algum item em um transporte público ou carro por aplicativo? Pois é, mas é preciso ficar atento. Os documentos são campeões de esquecimento no caso das Centrais de Achados e Perdidos das empresas ligadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Governo de São Paulo.
Já no caso do transporte por aplicativo, levantamento da 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, mostra que as chaves foram os objetos mais esquecidos nos carros entre maio e junho deste ano.
Documentos extraviados, especialmente cartões bancários, RGs e bilhetes de transporte, são o maior clássico das centrais dos transportes públicos da cidade de São Paulo. Carteiras, vestuário e chaves dão sequência ao ranking de itens esquecidos.
Além desses, muitos passageiros também perdem celulares. Mas a maioria dos que são encaminhados ao setor de Achados e Perdidos é recuperada pelo dono, porque quem perde costuma ligar para o próprio aparelho.
Os números são significativos. A CPTM, por exemplo, contabiliza atualmente mais de 25.500 itens na central de achados e perdidos. Este ano o setor recebeu, em média, 5.120 itens por mês.
Os donos de 8.662 objetos já foram encontrados - 52% deles por meio da busca ativa da central pelo proprietário, enquanto 48% dos donos se apresentaram espontaneamente à Central. As devoluções do primeiro semestre de 2022 já superam o número total do ano passado, quando foram devolvidos 7.344 itens em todo o período.
No Metrô, o balanço do primeiro semestre de 2022 registrou 34.973 objetos recolhidos, superando em mais de dez mil os 24.485 esquecidos no mesmo período de 2021. A Central do Metrô cuida dos itens encontrados nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata e também recebe o material achado na Linha 4-Amarela, operada pela ViaQuatro. Do total de itens perdidos pelos passageiros este ano, 10.370 (29,65%) conseguiram ser devolvidos. Já no primeiro semestre do ano passado, foram feitas 5.047 devoluções (20,61%).
Na linha 5-Lilás, da ViaMobilidade, dos 4.635 itens encontrados este ano, apenas 787 foram requeridos por seus donos. Foram computados 157 celulares e a média de devolução desses aparelhos é de 80%. Quem perde percebe e logo vai atrás. Já nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, foram encontrados 6.711 itens perdidos nos primeiros seis meses de 2022 - 219 deles foram devolvidos.
Os dados do primeiro semestre mostram que as centrais da EMTU receberam 948 documentos e 1871 objetos - são quase 470 itens perdidos por mês. Em média, 85 pessoas conseguem localizar no espaço seus pertences perdidos, em sua maioria documentos.

Itens exóticos

Não é difícil imaginar que itens pequenos possam escapar do bolso ou da bolsa. Difícil é entender como alguns objetos singulares acabam se separando de quem deveria estar de olho neles. Tem passageiro que já esqueceu de drone a pia de banheiro. Até mesmo uma cadeira de rodas já apareceu sem o proprietário, assim como muleta e carrinhos de bebê, na CPTM
Já na EMTU, houve quem esquecesse luvas de boxe, caixa com capinhas de celular, gesso odontológico, par de alianças e brinquedos eróticos. No Metrô houve esquecimento de muletas e dentaduras, além de porta de madeira, quadro de arte, tanque de lavanderia, ferro de passar e até um peixe vivo.

Carros por aplicativo

Na 99, por todo o Brasil, entre os objetos mais "perdidos" estão as chaves, que são objetos pequenos e fáceis de escorregar para o vão entre o banco e o encosto.O segundo lugar ficou com as carteiras e/ou documentos. Na terceira posição do ranking: os inseparáveis celulares também são muito esquecidos na hora de descer do carro.
Acessórios como fones de ouvido ficaram com a quarta colocação na lista, enquanto bolsas e bagagens aparecem em quinto lugar. E não para por aí: roupas, presentes, materiais esportivos e medicamentos também fazem parte da lista de objetos preteridos pelos donos.
São Paulo lidera o ranking de cidades com o maior número de chamados abertos para o resgate de objetos "perdidos", seguido por Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Manaus.
Para prevenir descuidos, a 99 reproduz uma mensagem sonora ao final de cada viagem, sugerindo que os passageiros verifiquem se nenhum item foi deixado no carro. Ainda assim, a prática é frequente.
A 99 oferece canais de comunicação para facilitar o resgate desses objetos, ainda que a responsabilidade sobre itens pessoais seja dos passageiros.

Como recuperar

Usuários cadastrados na 99 conseguem entrar em contato com o motorista parceiro até 72 horas depois da corrida, por meio do próprio aplicativo. O passo a passo é: abra o aplicativo e toque no "Menu", que está no canto de cima, do lado esquerdo; toque na opção "Ajuda"; escolha "Esqueci um item no carro"; descreva o item perdido e toque em "Enviar"; em seguida, aparecerá um botão para enviar uma mensagem ou efetuar uma chamada ao motorista parceiro, ambas dentro da plataforma.
No caso do esquecimento de celulares, é possível entrar em contato com a empresa pelo número 0300 313 2421 ou pedir para algum amigo entrar em contato com a 99 pelo aplicativo na opção "Menu > Ajuda > Meu amigo esqueceu um celular em uma corrida". Caso a corrida tenha ocorrido há mais de 72 horas, existem outras opções no aplicativo que colocam o passageiro em contato com o atendimento especializado.
Em relação ao transporte público, antes de serem enviados ao órgão emissor, os documentos esquecidos ficam guardados por 60 dias nas centrais do Metrô e da CPTM.O prazo é de 90 dias na ViaMobilidade (Linha 5-Lilás), na central do Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira (Campinas), na central do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara) e na central dos ônibus e VLT da Baixada Santista.
Já os demais objetos são doados a instituições ou para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, após o mesmo período. Para as linhas metropolitanas que não operam no Corredor ABD, os passageiros devem entrar em contato diretamente com a empresa operadora.
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